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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
EM BUSCA DA CONCEPÇÃO DE MORTE QUE PREVALECE NA LITERATURA SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS
Relatoria:
THAÍS MARQUES MOREIRA
Autores:
  • Wildoberto Batista Gurgel
  • Elba Gomide Mochel
  • Marina Belchior Cavalcanti
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÂO: Medicina Paliativa é a especialidade médica que visa proporcionar melhor qualidade de vida aos portadores de doenças em fase terminal. Esta prática teve origem com os esforços da enfermeira, assistente social e médica Cicely Saunders, que mostrou que tais cuidados devem atentar não somente para a enfermidade do paciente, mas também à necessidade de apoio emocional e espiritual. Gurgel (2008), destacou que a medicina terminal tem uma visão mais pautada para a idéia de que a morte deva ser evitada a todo custo, ao passo que os cuidados paliativos não comungam com este ponto de vista. E qual a concepção de morte defendida pelos paliativistas? Há uma maneira digna de se morrer? Questões como estas, formaram as premissas desta pesquisa. OBJETIVO: Analisar a concepção de morte que prevalece na literatura de cuidados paliativos. METODOLOGIA: Abordagem qualitativa com base no cruzamento entre o método fenomenológico e o de análise do discurso utilizado para buscar a concepção de morte mais prevalente nos textos e documentos oficiais que propõem a prática de cuidados paliativos. RESULTADOS: Quanto aos cuidados paliativos, foram defendidas duas linhas: negativa e positiva. A negativa aborda sobre o que não são tais cuidados. Nesta, há a preocupação de não associar cuidados paliativos com qualquer prática de abreviação da vida ou de prolongamento do processo da morte. Já a linha positiva é direcionada para as práticas. Tais cuidados representam uma prática que se preocupa com o paciente em sua totalidade, promovendo o alívio da dor, controle dos sintomas e manutenção da dignidade humana na hora da morte. Assim sendo, a condição de morte natural, se classifica como ortotanásia, defendida pelos paliativistas, prevalecendo no meio profissional da área da saúde ou não. No Evangelium Vitae, o papa João Paulo II, que foi beneficiado pelo modelo paliativo, acrescentou sobre a sua posição a favor da ortotanásia, afirmando que, a renúncia à distanásia não equivale à eutanásia ou suicídio, mas exprime a aceitação natural da morte. CONCLUSÃO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), assistência paliativa são aqueles cuidados totais ativos, que promovem o controle de problemas psicológicos, sociais e espirituais. Pode-se relacionar o conceito de ortotanásia com as definições defendidas pelos paliativistas. A ortotanásia é um desafio ético e profissional para a mudança de mentalidade dos profissionais de saúde que lidam diretamente com a morte e o morrer.