O tema em estudo é o conhecimento e as percepções sobre a prevenção do câncer do colo do útero entre mulheres. O objetivo do presente estudo foi identificar e analisar as tendências do tema em foco na produção científica nacional da enfermagem no período de 2005 a 2009. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por busca ativa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na Literatura Latino-Americana em Ciência de Saúde (LILACS) e na Revista do Departamento de Enfermagem do Estado do Paraná. Foram identificadas e analisadas 06 produções sobre o tema. Os aspectos analisados foram: perfil geral e metodológico e resultados em evidência. As produções foram co-denominadas didaticamente de A1, A2, A3, A4, A5 e A6. Constatou-se que os trabalhos convergiram em relação ao conhecimento satisfatório que as mulheres possuem sobre a prevenção do câncer de colo do útero, porém mesmo com conhecimento ficou constatado também que a grande maioria ainda demora a buscar a realização do exame. A produção A1, por exemplo, ressaltou que o déficit de conhecimento sobre a prevenção do câncer do colo do útero se dá pela falta de comunicação entre os profissionais de saúde e as usuárias do serviço, uma vez que as medidas de prevenção primárias são fundamentais para evitar o desencadeamento de tal patologia. Já em A6 foi demonstrado que o papel da enfermeira junto às mulheres usuárias do serviço é de grande relevância, por sua condição de mulher, facilitando assim a assistência e o aumento do vínculo entre a paciente e a profissional de saúde. Em A2, pode-se perceber que as mulheres envolvidas apresentaram um conhecimento holístico de saúde, tendo um saber popular bastante elaborado sobre o conceito de prevenção. Por outro lado, A1 e A5 evidenciaram que grande parcela das mulheres entrevistadas só busca fazer o exame a partir do aparecimento de alguns sintomas por terem vivenciado o exame papanicolau com medo e apreensão. A3 revelou que 60% das usuárias pesquisadas realizam o exame periodicamente. Por fim tanto A3 como A4 constataram que durante a coleta da citologia oncótica, os sentimentos mais recorrentes entre as mulheres eram: medo, vergonha, timidez, insegurança e dor. Concluiu-se que as ações educativas em saúde são relevantes para um bom conhecimento sobre as medidas profiláticas, confirmando a idéia de que o profissional de enfermagem e saúde deve ser ativo, engajado e parceiro para a reconstrução das percepções que a maiorias das mulheres têm quanto ao exame.