Introdução: A Leishmaniose visceral, conhecida como calazar, é uma infecção ocasionada por um protozoário do gênero Leishmania Chagasi, transmitido ao homem através da picada do mosquito palha ou Phlebotomus infectado. Era tipicamente rural, mas está se urbanizando em virtude das transformações climáticas e desmatamento. Em 2009, foram registrados 73 casos em Fortaleza, com quatro vítimas fatais. Os animais que apresentam feridas pelo corpo, secreção nos olhos, queda de pêlo, unhas crescidas e perda de peso são sacrificados no Centro de Controle de Zoonoses. Contudo, uma liminar em vigor desde o início do corrente ano proíbe a captura de animais de rua para a eutanásia, sendo autorizada para aqueles animais que estejam comprovadamente doentes, através de exames clínicos e laboratoriais. O programa de controle desta doença, adotado pela Fundação Nacional de Saúde, ainda não conseguiu minimizar a incidência na forma humana. Considerando a importância da enfermagem na educação em saúde, resolvemos realizar uma atividade educativa junto a uma comunidade, onde existe alta incidência da doença. Objetivo: Relatar a experiência dos alunos de enfermagem em práticas educativas em uma comunidade com elevada incidência de casos de calazar. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de estudantes de Enfermagem da Universidade de Fortaleza, ao realizar educação em saúde, em uma comunidade, utilizando atividades lúdicas, palestras e orientações abordando a patologia e esclarecendo as dúvidas. A experiência ocorreu em uma Unidade Básica de Saúde (UBAS), no bairro Edson Queiroz, SER VI em Fortaleza-Ce, nos meses de fevereiro a abril de 2010, com encontros quinzenais. Resultados: Com a vivência desta experiência, pudemos compreender melhor a importância da educação em enfermagem na promoção da saúde, visto que nos possibilitou promover o empoderamento da comunidade na construção do conhecimento acerca da leishmaniose visceral e a adesão de práticas que previnam a doença. Conclusão: O estudo favoreceu o entendendimento da tamanha responsabilidade da enfermagem em ser agente transformador social através da formação de multiplicadores para prevenção de doenças.