O eritrócito representa uma estrutura célula vital à manutenção da homeostase, pois transporta moléculas de oxigênio via corrente sanguínea aos tecidos e órgãos sem consumi-lo. Para tanto a glicose-6-fosfato desidrogenase (G-6-PD) desempenha um papel fundamental no metabolismo eritrocitário, pois atua na geração de NADPH a partir da oxidação anaeróbica da glicose pela via da hexosemonofosfato, na medida em que catalisa a primeira reação dessa via convertendo a glicose-6- fosfato em 6-fosfoglucono-lactona, resultando na geração de ATP. Ressalta-se que a G-6-PD consiste em uma enzima citoplasmática que promove resistência eritrocitária à ação de agentes oxidantes, lesivos a seus componentes celulares. Diante do explanado indaga-se: Quais os achados clínicos inerentes ao déficit de glicose-6-fosfato desidrogenase? Existe relação entre o processo patológico e o emprego de agentes farmacológicos? Objetivou-se em discriminar acerca dos aspectos clínicos pertinentes ao déficit de G-6-PD, tal como discorrer sobre sua analogia a utilização de compostos farmacológicos. Trata-se de uma revisão literária, efetuada por meio de livro-texto e rastreamento de artigos científicos na base de dados eletrônicos: BIREME e SCIELO. Para isso utilizou-se os seguintes descritores: glicose-6-fosfato desidrogenase; eritroenzimopatia; deficiência de G-6-PD. Incluíram-se artigos dos últimos cinco anos, em que se aplicou como critérios de exclusão: idioma estrangeiro, mas discordância a temática em foco. A técnica utilizada foi à análise da bibliografia encontrada, que compreende a leitura, seleção, fichamento e arquivo dos tópicos de interesse para a pesquisa, em que se empregaram trinta manuscritos. Constou-se que a maior parte dos indivíduos acometidos pelo distúrbio enzimático são assintomáticos. Todavia quando manifestam, denota ao uso indiscriminado de fármacos ou a exposição ao estressante. Assim caracteriza-se pelo surgimento de anemia hemolítica, infecções, hemoglobinúria, culminando em icterícia neonatal. A literatura ilustra que o processo hemolítico decorra da interação farmacológica que resulta em lesão na membrana celular eritrocitária, tornando-a susceptível a ação de radicais livres, tendo como fatores preponderantes: dose, absorção, metabolismo, excreção, farmacodinâmica e farmacocinética. Enfim, com esta revisão de literatura foi cumprida uma etapa na elaboração do projeto.