Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
A REFORMA PSIQUIÁTRICA NA OPINIÃO DE ENFERMEIROS
Relatoria:
JOÃO MÁRIO PESSOA JÚNIOR
Autores:
- Francisco Arnoldo Nunes de Miranda
- Vannucia Karla de Medeiros Nóbrega
- Raimunda Maria de Melo
- Janile Bernardo Pereira de Oliveira Macedo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Autoridade, poder e cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
(INTRODUÇÃO) A Reforma Psiquiátrica brasileira traz em seu bojo a proposta progressiva de desospitalização na eliminação dos manicômios, criação, implementação e manutenção de uma rede substitutiva especializada de saúde mental centrada na atenção psicossocial. Propõe-se, a partir de então, um trabalho em saúde mental interdisciplinar, realizado por uma equipe multiprofissional, foramda por enfermeiros, psiquiatras, dentre outros de nível superior e médio. O enfermeiro, como integrante da equipe, se reconhece como protagonista da Reforma Psiquiátrica em seu processo de trabalho. (OBJETIVO) O presente estudo objetivou identificar a opinião dos enfermeiros atuantes em serviços de saúde mental acerca da Reforma Psiquiátrica. (METODOLOGIA) Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva, cujo público alvo foram cinco enfermeiros atuantes em instituições de saúde mental num município de médio porte do Estado do Rio Grande do Norte. Coletaram-se os dados no transcurso do ano de 2009 através de uma entrevista semi-estruturada. Utilizou-se o método clássico de análise de conteúdo. (RESULTADOS) Observou-se que o enfermeiro adere aos princípios da Reforma, vem ampliando sua atuação e importância nos serviços de saúde mental reconhece-se na reorientação dos processos de cuidar de forma horizontalizada, participa de ações educativas, rodas de conversas, oficinas de socialização, dentre outras, além dos cuidados tradicionais de enfermagem sobre segurança, conforto e proteção. A Reforma Psiquiátrica foi avaliada de maneira positiva pelos sujeitos, onde enfatizaram que a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial se configurou como importante mudança. A maioria dos profissionais destacou as dificuldades enfrentadas em seu processo de trabalho, como: escassez de recursos humanos habilitados, carência de treinamentos e capacitações, descaso de investimentos por parte da gestão pública e a inexistência da rede em saúde mental na perspectiva da integralidade das ações que compromete os ideais da Reforma. (CONCLUSÃO) Assim, torna-se fundamental para os enfermeiros destes serviços manterem, claramente, os princípios e objetivos da Reforma Psiquiátrica, afastando-se de uma prática histórica de medicalização e exclusão. Dessa forma, devem-se favorecer as potencialidades e vulnerabilidades do usuário destes serviços, com vistas a processos de cuidados participativos para contribuir na sua reintegração à sociedade em geral.