O diabetes mellitus é considerado uma das principais doenças e vem sendo reconhecido como um problema de saúde pública, face aos índices de morbimortalidade relacionados à doença, como também aos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas complicações. Desta forma, ações que visem aumentar a adesão ao tratamento são de extrema importância. Diante disso, objetivou-se avaliar as dificuldades do diabético tipo 2 na adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, assim como, verificar a aceitação, identificar a rejeição e inquirir quanto ao uso das terapias. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa. Desenvolvido na Estratégia Saúde da Família, localizada no município de Juazeiro do Norte-CE. A população constituiu-se diabéticos tipo 2 residentes no bairro Pirajá, e para amostra foram selecionados 25 pacientes, maiores de 18 anos, aleatoriamente e cadastrados na Estratégia. O Instrumento para coleta de dados foi entrevista estruturada. O período de coleta foi de agosto a setembro de 2009. Nos dados qualitativos utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, onde a construção das categorias obedeceu a critérios de transcrição íntegra das falas. Nos dados quantitativos foram atribuídos valores numéricos e apresentados em forma de gráficos e tabelas. Observou-se que houve predominância no sexo feminino, faixa etária entre 65 a 75 anos, baixo nível de escolaridade e renda familiar. Quanto aos dados referentes à patologia, a maioria apresentavam a menos de 1 ano e com antecedência familiar de 1º grau. Hipertensão arterial sistêmica associada e em tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Na categoria sentimentos de aceitação e rejeição se articularam em sentimentos positivos e negativos, alguns enfrentaram como algo normal, enquanto outros rejeitaram. Nas terapias farmacológicas e não farmacológicas mostraram que todos os entrevistados estão fazendo tratamento. Foi notório que a maioria apresentava dificuldade em realizar as terapêuticas; na medicamentosa em assimilar a quantidade de medicamentos e os horários, enquanto na não medicamentosa não conseguiram seguir o plano alimentar adequado, nem mesmo realizar exercícios físicos. Então, fazem-se necessárias intervenções dos profissionais de saúde quanto à importância dos planos terapêuticos a partir das dificuldades vivenciadas pelos diabéticos na adesão aos tratamentos, havendo assim maior adesão dos mesmos aos tratamentos, bem como uma melhor qualidade de vida.