Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DETERMINATES À FEMINIZAÇÃO DA AIDS NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
ISABEL MARIA DE CARVALHO SÁ LOPES
Autores:
- BRUNA RAVENA BEZERRA DE SOUSA
- ANA PAULA BRITO RODRIGUES
- DAYANNA YASMIN LIMA VASCONCELOS
- FERNANDA CLAÚDIA MIRANDA AMORIM
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A AIDS surgiu no início dos anos 80 restringindo-se a alguns grupos, considerados de maior risco de contaminação: os homossexuais masculinos, usuários de drogas endovenosas e mulheres profissionais do sexo. Contudo, com o aumento do número de casos da doença entre pessoas que não faziam parte desses grupos como as mulheres, sobretudo as com parceiro único, evidenciou-se a partir dos anos 90 a mudança do perfil epidemiológico da AIDS. O presente estudo relata os achados de uma revisão bibliográfica que objetivou levantar na literatura científica nacional produções sobre a feminização da AIDS no Brasil através da identificação e análise das principais causas e fatores que favorecem o crescimento do HIV/AIDS em mulheres, bem como caracterizá-las. Nesse sentido, organizamos o conteúdo dos artigos em três categorias: Fatores sociais e econômicos que influenciam na infecção HIV/AIDS; A vulnerabilidade feminina frente às desigualdades de gênero; Mulheres infectadas com relações sexuais e afetivas diversificadas. O novo curso da AIDS inclui também pessoas com práticas hetero e bissexuais e de forma ascendente as mulheres, categoria essa marcada pela pauperização; e que têm como parceiros sexuais seus maridos. A partir da perspectiva de gênero, essa relação baseia-se historicamente no patriarcalismo no qual o poder de decisão do homem se sobrepõe ao da mulher e resistem ao uso do preservativo nas relações sexuais no argumento de que esse método preventivo diminui o prazer, além de existir uma relação de afetividade pelas mulheres, pois para estas, a relação sexual é exercida a partir do sentimento de amor e não do desejo por sexo. Observa-se ainda que nas relações afetivas conjugais a adesão ao preservativo ocorre nas ocasiões de iniciação sexual, de relações eventuais e/ou de início de relação, contudo no momento que o contexto relacional é vivenciado como estável e confiável, ocorre a isenção da prevenção. Nas relações sexuais diversificadas, como as profissionais do sexo, o uso do preservativo pode ser visto como um "marco divisor" entre o trabalho e a afetividade, onde o seu uso pode estar associado ao trabalho e, para a separação entre ele e a vida afetiva ser bem estabelecida, na ocasião de um envolvimento amoroso, ele pode ser dispensado.