Introdução: O Centro Cirúrgico (CC) é a unidade hospitalar responsável pela realização do ato perioperatório, realizando, portanto, desde a recepção do paciente para a cirurgia até a transferência do mesmo para URPA (unidade de recuperação pós-anestésica). O CC possui acesso restrito, pois se trata de uma área de bastante complexidade ficando longe da circulação comum, mas de fácil acesso as unidades de apoio e as dos pacientes. A equipe de enfermagem é responsável por manter em ordem o centro cirúrgico, fazendo não só a supervisão da equipe cirúrgica e dos equipamentos a serem utilizados durante o ato operatório, como também o agendamento da cirurgia, a supervisão da sala antes da mesma, a realização do abastecimento de medicamentos e recursos necessários que estejam em falta. Como se não bastasse, além dessas atribuições, a enfermagem ainda tem que assistir o paciente como todo, tornando dessa forma, esse trabalho, um verdadeiro desafio, pois qualquer falha de equipamento, ou objeto fora do lugar à enfermagem será a principal culpada se algo sair errado. Objetivo: Avaliar os desafios que a enfermagem enfrenta para cuidar da organização do Centro Cirúrgico e ao mesmo tempo ter que prestar assistência ao paciente desde o pré-operatório até o pós-operatório de forma integral e satisfatória. Metodologia: Estudo de revisão bibliográfica, realizado através de pesquisas em livros e artigos acerca da temática, dispostos nos bancos de dados da BVS e no Scielo, sendo consultados ainda no período de 08 de abril a 09 de junho de 2010. Resultado: Pode ser observado através dos registros que devido à rotina e a complexidade do ambiente cirúrgico a enfermagem já não consegue mais conversar, tocar ou ouvir o paciente, pois está muito ocupado e cansado para isso. Esse ambiente exige muito desses profissionais consumindo-os, tanto na parte física quanto na psíquica, o que os impossibilitam de realizar uma assistência devidamente satisfatória aos pacientes. Conclusão: Diante do exposto podemos chegar à conclusão de que, para se ter uma equipe de enfermagem disposta a assistir ao paciente de forma integral, é necessário que haja mudanças frente a esses profissionais, os quais deverão levantar questionamentos e sugerir inovação na assistência cirúrgica, implementando a mesma de forma que ela torne-se mais humanizada, não deixando a burocracia e a técnica diária sejam mais importantes que o paciente.