As transformações ocorridas nas últimas décadas no mundo do trabalho tem repercutido na saúde dos indivíduos e do coletivo de trabalhadores de forma intensiva, em que se tem demonstrado a necessidade de uma equipe multiprofissional no suporte a esses trabalhadores. O estresse é a alteração global do organismo para adaptar-se a uma situação nova ou às mudanças de um modo geral. O estresse é um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de dificuldade. As UTIs, ou Unidades de Terapia Intensiva, são ambientes para a recuperação dos clientes em estado mais grave. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura existente acerca do estresse ocupacional em enfermeiros(as) de UTIs, no intuito de identificar a necessidade de uma abordagem multiprofissional para promover condições adequadas de trabalho. A problemática foi escolhida devido à situação terapêutica delicada, nas quais esses profissionais devem tomar rápidas e assertivas decisões. Para tanto, a metodologia baseou-se na análise de 15 estudos que enfocaram a enfermagem intensivista, o cotidiano das UTIs e o estresse, constituindo um estudo qualitativo descritivo. Os artigos foram retirados das principais bases de dados: BDENF, LILACS e MEDline, disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios para seleção dos artigos foram a presença dos descritores: enfermagem intensiva, UTI e estresse ocupacional; além de terem sido publicados no período de 2005 a 2009, com a intenção de reunir uma amostra atual sobre o tema. Este trabalho foi elaborado segundo a formatação da ABNT. Os estudos analisados revelam a ocorrência de vários distúrbios orgânicos nos enfermeiros de UTIs, e ainda fornecem informações acerca da possível etiologia, como a situação delicada dos pacientes críticos e as jornadas de trabalho inadequadas. Identificam ainda a síndrome do estresse crônico, ou Síndrome de Burnout. Porém pouco se falou em iniciativa das instituições em amparar os profissionais. Em vista disso, ficou clara a necessidade de uma equipe multiprofissional atuando no suporte ao enfermeiro que atua em UTI. Uma equipe que conte principalmente com psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais que forem sendo compreendidos como necessários à realidade abordada.