Introdução: A loucura começou a incomodar a sociedade na era industrial, nesse período histórico decidiu-se segregar os loucos distanciando-os de suas famílias. No Brasil, no início da década de 80, o movimento da reforma psiquiátrica começou a se estabelecer como proposta de uma nova atenção em saúde mental, caracterizada pela desinstitucionalização, tratamento próximo a família e reinserção social. É preciso que a família colabore com o tratamento e também seja alvo dele, visto que, o evento do sofrimento psíquico atinge toda a rede familiar. O Programa de Saúde da Família (PSF) deverá ser considerado como um instrumento promotor dessa nova perspectiva de atenção em saúde mental. Objetivo: Refletir como a família pode ser incluída na assistência psiquiátrica através do Programa de Saúde da Família. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir da literatura sobre o tema, com ênfase nos trabalhos que abordam a família do paciente com transtorno psíquico e a saúde mental no PSF. Resultados: Considera-se que o PSF é a ferramenta que mais aproxima a comunidade da assistência em saúde, por ter domínio da sua área de atuação, por conhecer a família, o paciente e a realidade de ambos. Verifica-se que um dos caminhos para a realização da assistência em saúde mental na comunidade se dá através dessa estratégia de atenção primária. Destacam-se neste processo algumas dificuldades advindas da própria família e da falta de preparo de alguns profissionais, em promover a inserção do indivíduo com transtorno psíquico. Conclusão: Para que as ações de saúde mental aconteçam com sucesso no âmbito do PSF, faz-se necessário investir na capacitação dos profissionais, para que eles possam intervir junto à família, que é um núcleo complexo, que requer empenho e estudo, como também, conseguir incentivar a família nesse processo fazendo-a acreditar que é importante no processo de recuperação de seu ente.