Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
OBESDIADE, HÁBITOS ALIMENTARES E ADOLESCENTES: UM ALVO ESTRATÉGICO PARA A ATENÇÃO DE ENFERMAGEM
Relatoria:
LARISSA SOARES MARIZ
Autores:
- Sâmia Rozendo da Silva
- Alessandra Teixeira Ramos
- Carla Campos Muniz Medeiros
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Durante a adolescência ocorrem modificações nos hábitos alimentares em decorrência das mudanças no estilo de vida. Associado a isto o excesso de peso na adolescência pode contribuir para o surgimento precoce de diversas doenças crônicas. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar os hábitos alimentares de adolescentes com excesso de peso e verificar a associação entre a renda familiar e escolaridade materna com os hábitos de vida. Metodologia: Este estudo faz parte de uma pesquisa delineamento transversal intitulada de “Prevalência de fatores de risco cardiometabólicos entre crianças e adolescentes com obesidade ou sobrepeso”. Foi avaliado o peso e estatura de 94 adolescentes entre 10 e 18 anos, atendidos no Centro de Obesidade Infantil do ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida) entre Abril e Novembro/2009 com diagnóstico de sobrepeso e obesidade. A classificação do estado nutricional foi realizada através do IMC, considerando-se sobrepeso aqueles com 85 ≤IMC< 95 e obesidade os com IMC ≥ 95, sendo esta acentuada quando o IMC for ≥ 97(CDC, 2002). Avaliou-se os hábitos alimentares de acordo com as bebidas e os alimentos mais consumidos no lanche escolar divididos em 4 grupos: grupo 1: não lancha; grupo 2: fruta, suco ou iogurte; grupo 3: sopa, arroz de leite e macarronada; grupo 4: biscoito, salgadinho e refrigerante, sendo considerados como lanches saudáveis os grupos 2 e 3. Os dados foram analisados com o programa SPSS versão 17.0. Utilizou-se um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dos 94 adolescentes incluídos neste estudo a maioria era do sexo feminino 68 (72,3%). A maior parte dos adolescentes apresentava obesidade (79,8%), sendo em grau acentuado em 58,3%. O sobrepeso foi encontrado em 20,3% dos adolescentes. Em relação ao lanche escolar a maioria consumia biscoito, salgadinho e refrigerante (63,8%). Não foi observada associação entre a renda familiar e escolaridade materna com os hábitos de vida (atividade física, sedentarismo e hábito alimentar) p>0,05. Conclusão: Diante dos dados apresentados neste estudo, percebe-se a necessidade de reeducação alimentar dos adolescentes a fim de reverter o quadro de obesidade ou sobrepeso. A enfermagem pode então, encontrar neste grupo, um alvo estratégico para desenvolver atividades de saúde que direcionem esses adolescentes e suas famílias a uma qualidade nutricional adequada, prevenindo assim, complicações futuras.