O tema em estudo é perfil epidemiológico dos Transtornos Mentais. Dados da Organização Mundial da Saúde (2001) revelam que 45% da população brasileira apresentam alguma alteração psiquiátrica durante a vida. Neste contexto, segundo estimativas internacionais e do Ministério da Saúde, 3% da população necessita de cuidados contínuos por apresentar transtornos mentais severos e persistentes. O objetivo deste estudo consistiu em identificar e analisar as tendências do tema em foco na produção científica nacional no período de 1985 a 2009. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), realizada por busca ativa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na Base de Dados Scielo. Foram identificadas e analisadas 10 produções sobre o tema. Os aspectos analisados foram: perfil das produções e resultados em evidência. As produções foram co-denominadas didaticamente de T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9 e T10. Constatou-se que alguns trabalhos abordaram a temática central, porém cada produção desenvolveu sua visão especifica em relação aos Transtornos Mentais. Os estudos T1, T2, T3, T8, T9 e T10 obtiveram índices de prevalência variando entre 20% e 51,1%. Em T1, T3 e T6 ficou evidente a diferenciação entre gêneros. O estudo T2 mostra que alguns fatores colaboram para o surgimento dos transtornos mentais, são eles: baixa escolaridade, baixa renda e exclusão do mercado formal de trabalho. As pesquisas T4, T5, T7 e T9 apontam o perfil dos transtornos mentais em mulheres e mostram que a prevalência é alta. Já T8 faz referência à prevalência em idosos e constata que os índices são bastante elevados e estão relacionados a comorbidades. Concluiu-se que os Transtornos Mentais representam impacto negativo na qualidade de vida e bem-estar dos portadores e que os fatores de relevância dentro do perfil são socioeconômicos, culturais, de gênero, raça, idade e orgânica, que influenciam diretamente no processo saúde-doença.