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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
VALORIZAÇÃO DO SABER POPULAR NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
DANIEL MOREIRA PAES LANDIM
Autores:
  • DORELLY CAMPOS PEREZ
  • ARIANE QUEIROZ DE SOUSA
  • SUELLEN CRISTINA DIAS EMÍDIO
  • MÔNICA CECÍLIA PIMENTEL DE MELO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A educação em saúde vem se consolidando como um valoroso instrumento de promoção da saúde, porém sua prática, em muitas situações mostra-se inconsistente e insatisfatória na obtenção de resultados, e por isso, muitos profissionais estão utilizando formas de educação alternativa, buscando maior eficácia, como a educação popular, processo de construção dialógica, em que tanto profissionais quanto usuários aprendem e apreendem conhecimentos. Como objetivo, pretende descrever as percepções obtidas acerca de experiências exitosas em práticas de educação para a saúde na atenção primária, a partir da valorização do saber popular. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. As vivências descritas ocorreram durante a disciplina Estágio Supervisionado I, entre 15 de abril a 02 de junho de 2010, em uma Unidade de Saúde da Família, em Juazeiro-BA. A unidade desempenhava serviço educacional de modelo linear unidirecional, arraigadamente pautado na reprodução de informações e de relação educador-educando verticalizada. Nesse contexto, o número de usuários presentes nas atividades educativas era reduzido, com pouco interesse em apreender as informações transmitidas. Observou-se também baixa adesão a respeito das orientações oferecidas. No intuito de reverter esse quadro, durante estágio na unidade, foi implementada uma reestruturação de práticas pedagógicas, com o incentivo da participação ativa dos usuários no processo educacional, proporcionando-lhes rodas de conversa, valorização da escuta e do diálogo e estímulo a troca de experiências e conhecimentos, com valorização cultural. Assim, conseguiu-se elevar o número de usuários presentes nas atividades educativas realizadas na unidade, tornando-os mais ativos e interessados frente ao processo educativo e potencializar atitudes de adesão a tratamentos e condutas. Logo, podemos concluir com a experiência, que a aplicação de modelos educacionais pautados na dominação e imposição de informações, muitas vezes desconexas à realidade dos usuários, pouco contribui para a autonomia dos mesmos, configurando-se como ações ineficazes na ótica da promoção da saúde. Desta forma, a educação popular demonstra ser uma alternativa metodológica importante para promover saúde, visto permitir troca de saberes, estímulo e respeito pela autonomia, condições imprescindíveis para a auto-reflexão e a transformação de paradigmas em saúde.