A gravidez na adolescência é considerada um problema e motivo de preocupação para muitos profissionais da saúde, educadores, pais e sociedade em geral. No Brasil, observamos que o índice dessa situação ainda é bastante relevante, visto que dos 2.795.207 nascimentos no país em 2007, 21,3% deste número foram de mães com idade menor de 20 anos. Objetivamos conhecer o perfil epidemiológico das grávidas adolescentes cadastradas pela Estratégia Saúde da Família Águas Lindas I (Belém-PA), para então otimizar prioridades de políticas públicas para esta problemática, viabilizado pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET SAÚDE Belém. Realizamos uma pesquisa do tipo descritiva e o estudo é designado quantitativo. A pesquisa aprovada no comitê de ética consiste na análise de prontuários das gestantes adolescentes, que foram atendidas em duas instituições públicas entre abril de 2009 a fevereiro de 2010. Foi possível traçar o perfil epidemiológico do grupo estudado, onde ressalta-se algumas características em comum: a condição de mãe solteira; pouca adesão a métodos contraceptivos; múltiplos parceiros, em média o número de quatro; a baixa escolaridade; a condição sócio-econômica, predominando famílias de baixa renda, residindo em casas com situação precária, sem água encanada e tratamento dessa para consumo. É observado ainda, que muitas adolescentes não eram imunizadas contra tétano, logo as três doses tiveram que ser realizadas durante o pré-natal; as intercorrências na gestação não foram muito comuns entre as gestantes; em relação a antecedentes familiares e pessoais prevaleceram casos de hipertensão e diabetes. Portanto reunindo a bibliografia e a coleta de informações do prontuário foi possível observar que o perfil epidemiológico do sujeito da pesquisa da comunidade estudada é comum a situação de várias adolescentes do país inteiro, o que denota a importância do estudo para que as políticas públicas nacionais e municipais estejam centradas no âmbito do pré-natal; políticas de planejamento familiar e ações educacionais para as adolescentes que estão migrando para o início da atividade sexual, bem como para as que já viveram a experiência da gestação precoce, a fim de viabilizar um controle estratégico desta situação que vem se alastrando pelo país.