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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
MALÁRIA NA GESTAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Relatoria:
KYLVIA MICHELLINY SOUSA BEZERRA MARTINS
Autores:
  • RAFAEL CLEISON SILVA DOS SANTOS
  • ELINALDO DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS
  • OLINDA CONSUELO LIMA ARAÚJO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Monografia
Resumo:
A malária é uma doença infecciosa causada por um protozoário do gênero Plasmodium e transmitida ao homem pela picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles, produzindo febre, calafrios e sudorese (1). O Brasil é responsável por um terço dos casos notificados na Amazônia Legal, estando o Estado do Amapá entre as áreas de médio risco (2). As mulheres grávidas são vulneráveis à malária porque o seu estado de imunidade se modifica durante a gestação, tornando-a mais suscetível às alterações no curso da gravidez, aumentando o risco de formas complicadas da doença como anemia grave e óbito materno, aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer e crescimento intra-uterino restrito (3). Este trabalho tem como objetivo realizar o levantamento das produções científicas sobre as alterações da malária no curso da gravidez. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com coleta retrospectiva de dados, que utilizou o método de Revisão Integrativa da Literatura (4). Os dados foram adquiridos através da seleção de artigos da literatura nacional e internacional indexados nas bases de dados LILACS e BDENF. A amostra final foi composta por 08 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados apontam que a maioria dos estudos foi realizada em países Latino Americanos da Amazônia Legal. 62,5% são produções nacionais e 37,5% são produções internacionais. Nenhum artigo foi publicado em periódicos de enfermagem. 62,5% foram descritivos com análise quantitativa; 37,5% relato de casos e 25% série de casos. Os resultados apresentados foram coerentes com os objetivos e o procedimento metodológico usado. É consenso por parte dos autores que a alteração no curso da gestação é muito freqüente em gestantes durante o episódio agudo de malária, sendo muito mais freqüente a ameaça de interrupção do que a interrupção da gestação. A malária congênita foi um evento raro. O P. vivax foi descrito em 88% dos relatos. Conclui-se que a infecção por malária continua sendo relevante fator de morbidade entre as grávidas e tem efeitos ainda pouco investigados sobre a saúde da mulher e do recém-nascido. Portanto, pode-se considerar que todas as gestantes devem ser alvo das ações de prevenção e controle da malária. Frente a esse fato, recomenda-se às autoridades sanitárias do Estado do Amapá que ratifiquem o cumprimento de que a gota espessa tenha status de exame de rotina no controle pré-natal de gestantes residentes em áreas endêmicas de malária como já determinado pelo Ministério da Saúde (6).