INTRODUÇÃO: Os idosos são o grupo etário que cresce mais rapidamente no Brasil. A demanda deste grupo por recursos de saúde é intensa, tanto no que se refere à utilização de serviços de saúde quanto no que diz respeito ao uso de medicamentos. Em decorrência do aparecimento de doenças crônico-degenerativas e suas complicações, os pacientes com mais de 60 anos, são os principais consumidores da farmacoterapia moderna, acarretando o uso de diversos fármacos, levando à polimedicação, à ocorrência de interações medicamentosas e efeitos adversos aos pacientes. OBJETIVOS: Identificar o perfil sócio-demográfico da população idosa com Hipertensão e determinar o perfil de utilização de medicamentos por esses idosos. METODOLOGIA: A realização deste estudo foi feita a partir de um projeto de Iniciação Cientifica intitulado “Investigação do uso de medicamentos por idosos atendidos em uma unidade de saúde de Picos (PI)”. O levantamento dos dados foi feito com um questionário elaborado pelos pesquisadores e por meio da visita domiciliária aos idosos, onde foram coletados dados como nome do medicamento e o principio ativo, presença de doenças crônica (Hipertensão e Diabetes). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa/UFPI. Este estudo seguiu as normas da ABNT. RESULTADOS: Foram entrevistados 66 idosos, sendo que 45 possuíam hipertensão. Destes hipertensos, a maioria era do sexo feminino (69%), 35 idosos possuíam idade entre 60-75 anos (77,8%), 30 idosos possuem renda mensal de ate 02 salários mínimos (66,7%). Neste estudo, 11 idosos (24,4%) possuem Hipertensão e Diabetes. Os medicamentos utilizados pelos idosos foram, além dos anti-hipertensivos, medicamentos para os sistemas: nervoso (40%), digestivo (35,6%) e músculo-esquelético (13,3%). Na utilização das medicações, 25 idosos (62,5%) fazem uso de medicamentos pertencentes a duas ou mais classes terapêuticas diferentes. Os medicamentos mais utilizados no controle da Hipertensão são: hidroclorotiazida (44,4%) e o captopril (22,2%). CONCLUSÃO: Este estudo nos mostrou a prevalência das doenças crônicas entre os idosos e a polimedicação utilizada por estes, sendo de grande importância a orientação dessa população, pelos profissionais (enfermeiros, médicos, farmacêuticos), para a terapêutica adequada.