Segundo a Organização Mundial da Saúde, a tuberculose mata a cada ano cerca de dois milhões de pessoas em todo o planeta, uma pessoa a cada 15 segundos. No Pará a tuberculose mata uma pessoa a cada dois dias. Este projeto teve como objetivo estimular a busca pelo conhecimento e a prática de hábitos saudáveis por parte da população, notadamente com a formação de multiplicadores de informações que visem à promoção da saúde e a proteção específica. Foi utilizada a metodologia participativa, tendo como estratégias, encontros com os comunicantes de pacientes portadores desta infecção em uma Unidade de Saúde de Belém; através de oficinas pedagógicas, tendo como ponto de partida o que eles sabiam sobre a doença, informações técnicas foram socializadas com estes indivíduos em abordagem acessível ao seu universo cultural, mediada por de palestras dialogadas, ilustradas e com a distribuição de material educativo. Utilizando-se de dinâmica com o grupo apropriado, aplicou-se um questionário entre os participantes como forma de avaliação das atividades implementadas. Como resultados verificou-se que ainda é forte a cultura assistencialista entre os profissionais que prestam a assistência a estes pacientes, limitando-se a prática educativa de administrar a medicação e não promover mudança de comportamento entre os indivíduos; é patente a necessidade de práticas educativas estarem mais próximas da população, onde os serviços de saúde devam estar inseridos na realidade das pessoas e se adequar de forma mais socializada e humana, percebendo que a população tem saber e um saber que deve ser relevante para união de esforços que se chegue a um bem comum; todos os comunicantes afirmaram não ter recebido nenhuma informação sobre a doença; 100% afirmaram ter dúvidas sobre a doença e todos afirmaram terem esclarecido as mesmas nas atividades desenvolvidas; 100% afirmaram que as atividades foram ótimas e que irão contribuir para melhoria de sua qualidade de vida. Pode-se concluir que ações desta natureza contribuem para estimular a participação popular, onde o reconhecimento dos sintomas da tuberculose como forma de alerta e a mobilização da sociedade, em especial os comunicantes de pacientes com tuberculose, compõe elementos para prática de Promoção da Saúde e do controle da doença, possibilitando a construção de uma melhor qualidade de vida para todos.