A hipertensão arterial crônica (HAC) corresponde à hipertensão de qualquer etiologia presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª semana da gestação. Já a hipertensão gestacional é o desenvolvimento de hipertensão sem proteinúria que ocorre após 20 semanas de gestação. O diagnóstico é temporário e pode representar hipertensão crônica recorrente nessa fase da gravidez. Pode evoluir para pré-eclâmpsia e, se severa, levar a altos índices de prematuridade e retardo de crescimento fetal. Para prevenir complicações deve-se atentar para uma dieta balanceada, com reduzidos teores de sódio e um rigoroso controle de peso. O tratamento visa à redução da mortalidade materna e da morbidade e mortalidade perinatais associadas às síndromes hipertensivas. O objetivo foi relatar a experiência das enfermeiras do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica na construção e discussão de um relato de caso tratado e acompanhado durante o rodízio no setor de alto risco do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), assim como identificar o papel da enfermagem no atendimento a HAC e suas complicações na gestação. Trata-se de um estudo descritivo, no qual fizemos um relato de experiência de uma atividade teórico prática. Acompanhamos um caso de uma gestante com diagnóstico de HAC, cor parda, de 38 anos, natural de Macapá-AP, casada, ensino fundamental incompleto, doméstica e protestante. Nos antecedentes familiares afirma diabetes e hipertensão arterial materna. Já os antecedentes pessoais hipertensa. Na história obstétrica G3P1(natimorto)A1, DUM: 15.09.09, DPP: 22.06.10 e IG 26s 5d (de acordo com US de 12 semanas). A criação de uma sistematização da assistência de enfermagem (SAE) reforçou a necessidade permanente em aprimorar os saberes por meio de atualizações em relação à HAC na gestação, a importância de relacionar a patologia com as possíveis complicações para o feto durante as atividades desenvolvidas pelas residentes de enfermagem obstétrica no cotidiano do ambiente hospitalar se traduzem por meio da prestação do cuidado, apoiada na SAE. Com base na experiência aqui relatada, constata-se que o conhecimento teórico-prático é um instrumento básico do Enfermeiro na busca da resolução de problemas, o que torna o seu fazer profissional mais estimulante.