O Ministério da Saúde no ano de 2009 implantou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - PNAISH no intuito de melhorar o acesso do homem nos serviços, reconhecendo que os agravos que acometem a população masculina pode se configurar num problema de saúde pública. A partir da disciplina Gênero em Enfermagem, ofertada no terceiro período do curso de graduação em Enfermagem, Campus do Seridó/ Universidade do Estado do Rio Grande do Norte foi realizado uma captação da realidade na Unidade de Saúde da Família- USF do bairro Barra Nova na cidade de Caicó-RN, com o intuito de perceber como as ações de saúde voltada ao homem estavam sendo desenvolvidas, levando em consideração os desafios diante de preconceito e ausência dos mesmos nos serviços. Relato de experiência, objetiva descrever como se encontra organizada a ações nos serviços voltadas a saúde do homem nesta USF. A construção deste trabalho está pautada nas normas da ABNT. Utilizaram-se como estratégias para a concretização desse trabalho visitas a Unidade de Saúde durante o mês de Janeiro de 2010 e conversa com a equipe da Estratégia Saúde da Família do bairro. Diante disto, observou-se que a USF do bairro Barra Nova ainda está se adequando a PNAISH. Através da captação foi possível identificar: A inexistência de Educação Permanente para os profissionais de saúde; que as ações de saúde especificas para atender a este grupo ainda não foram implantadas e a falta de incentivo à procura do homem aos serviços de saúde. Ficou evidente também que a presença da mulher como mediadora entre o homem e os serviços de saúde ainda se configura de maneira marcante, influência das relações de gênero e de poder. Apesar da PNAISH garantir a promoção de ações que atendam a singularidade masculina no seu contexto sócio-político e econômico, de forma a reduzir o índice de morbimortalidade por causas simples e de cura acessível, aumentando a expectativa de vida do homem, ainda não é possível identificar a materialização destas práticas de saúde no serviço. Portanto, é indiscutível o desafio das equipes da Estratégia Saúde da Família, porta de entrada dos usuários ao Sistema Único de Saúde, na perspectiva de assegurar a este grupo um serviço que acolha, e possibilite a promoção e prevenção dos agravos de saúde.