OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicas do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) na assistência holística e individualizada à portadores de transtorno mental (esquizofrenia), utilizando a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no atendimento das necessidades humanas básicas afetadas. REFERENCIAL TEÓRICO: A esquizofrenia (F20) é um transtorno cerebral neuro-evolutivo heterogêneo, que resulta em um comportamento psicótico, pensamento concreto, dificuldade no processamento de informações e solução de problemas (STUART; LARDIA, 2001). É um dos principais problemas de saúde da atualidade, exigindo considerável investimento do sistema de saúde, visto que, está classificada em quarto lugar, no mundo inteiro, em termos de ônus. Além disso, dados revelam que: 95% das pessoas têm esquizofrenia durante toda a sua vida, que incide geralmente entre os 17 e 25 anos de idade; pessoas com esquizofrenia ocupam 25% de todos os leitos hospitalares de internação e entre 20 a 50% dos pacientes com esquizofrenia tentam suicídio e 1% detêm sucesso (STUART; LARDIA, 2001). Segundo Mello (2008), está patologia representa grande carga para a pessoa, reduzindo consideravelmente sua qualidade de vida devido aos prejuízos nas funções ocupacionais, sociais e pessoais. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido durante o bloco prático da disciplina Enfermagem Psiquiátrica, no Hospital das Clínicas Gaspar Vianna, Belém - Pará. Foi realizada a coleta de dados através de levantamento bibliográfico no acervo da UEPA e por meio de entrevista desenvolvida na consulta de enfermagem com a finalidade de subsidiar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). ANÁLISE DE RESULTADO: Os profissionais envolvidos no tratamento devem conhecer bem os fatores que exercem influencia na recuperação dos pacientes, enquanto os portadores, quando possível, devem entender os objetivos e os recursos do tratamento. Com isso, notou-se a necessidade de estabelecer um plano assistencial no qual contenha atividades em oficinas terapêuticas e programas de reabilitação psicossocial, promovendo, assim, o retorno do cliente ao convívio em sociedade. CONCLUSÃO: O enfermeiro deve saber caracterizar a situação do seu cliente, assim distinguir os cuidados e intervenções prioritárias ao seu bem estar. A reabilitação psicossocial é altamente indicada nesse caso, pois o paciente apresenta prejuízos das habilidades em diversas áreas da vida.