A admissão do recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) abre espaço para o modo de pensar sobre os cuidados prestados ao neonato, por uma equipe especializada, até atingir a maturidade e garantir a vida extra-uterina. Objetivou-se investigar a percepção materna frente ao seguimento do recém-nascido de alto risco, visando uma assistência de qualidade ao egresso da unidade neonatal em sua continuidade. Estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, realizado no Hospital Geral de Fortaleza-CE. Os sujeitos foram 08 mães com filhos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A coleta de dados foi de agosto a novembro 2009, com a observação participante e entrevista semi-estruturada. Adotou-se para organização dos dados a análise de conteúdo de Bardin. Seguiu-se a Resolução 196/96 que regulamenta a pesquisa com seres humanos. O trabalho obedeceu às normas bibliográficas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O conteúdo foi agrupado nas categorias: Sentimentos maternos; Percepção materna no preparo da alta hospitalar; Seguimento comprometido. Os dados obtidos permitiram identificar na alta hospitalar: alegria, medo e insegurança, ocultados posteriormente pelo cansaço e alterações no sono. A insegurança persistia aos cuidados com o filho, inserindo as práticas de costume populares, decorrente dos problemas de saúde existentes e demora no atendimento especializado. Concluímos que o plano de alta deverá ser individualizado e o seguimento planejado e descentralizado, unindo as instancia de saúde em prol do crescimento e desenvolvimento dos egressos da UTIN, minimizando riscos de morbimortalidade infantil.