Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ENFRENTAMENTO MATERNO FRENTE À PERDA DE UM FILHO
Relatoria:
LAÍS EVANDRO DE CASTRO MARTINS
Autores:
- Eveline Pinheiro Beserra
- Luana Paula Moura Moreira
- Mabelly Barbosa Lopes Ramos
- Vanessa da Frota Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As mulheres são preparadas para maternidade desde a infância e geralmente ocupam papel de cuidadora do lar e da família. A perda de um filho representa falha nesse papel e pode trazer sofrimento indelével, às vezes jamais superado. O luto é a reação normal e esperada quando um vínculo é rompido, cuja função é a de proporcionar reconstrução de recursos e viabilização de processo de adaptação às mudanças ocorridas pelas perdas. Para sua superação, é necessária uma rede de apoio para compreender sentimentos da perda, já que cada mãe tem uma forma particular e subjetiva de reagir à morte de um filho. Nesse contexto, a enfermagem deve estar preparada para lidar com mães que perderam seus filhos, desde o momento de dar a notícia do falecimento até a prestação de cuidados durante o enfrentamento do luto. OBJETIVO: Conhecer o processo de enfrentamento da mãe frente à perda de um filho. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica realizada em outubro de 2008, em Fortaleza/Ce. Inicialmente foi feito levantamento da literatura existente sobre o tema, usando a internet pelo site de descritores em ciências da saúde da biblioteca virtual em saúde. Consideraram-se temas que mais se relacionavam com o objetivo da pesquisa. Posteriormente realizou-se leitura e fichamento dos artigos. A discussão foi realizada em duas categorias. RESULTADOS: Mães que perderam seus filhos por aborto induzido: os sentimentos mais relatados são culpa, depressão, medo, dor, ansiedade e dificuldade de manter relacionamentos. Há também apreensão e alívio ao mesmo tempo, sendo esse alívio atribuído ao fato de não terem mais que enfrentar a família e sociedade posicionadas contra a gravidez inoportuna e indesejada. As mulheres buscam conciliar suas convicções e seus valores pessoais com a decisão que tomaram, acreditando que o ato do abortamento era o único possível na circunstância. Mães que perderam seus filhos de forma violenta: nota-se de forma mais intensa dor, desespero, revolta, sentimento de falha no papel de cuidadora e desejo de se fazer justiça. Há também desejo de morrer e tendência à autodestruição. É marcante a não aceitação da morte, podendo resultar em comportamento de retração, no qual a mulher se isola do mundo e abandona a si mesma. CONCLUSÃO: o luto pela perda de um filho é muito doloroso e os enfermeiros devem estar atentos a este tema a fim de buscar desenvolver intervenções para que essas mães elaborem um luto saudável.