INTRODUÇÃO O uso de procedimentos invasivos no cuidado a pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI’s) pode contribuir, significativamente, para a ocorrência de Infecções Hospitalares (IH). Outro problema que se registra é a resistência de diversos microrganismos aos antimicrobianos. OBJETIVOS Estimar a prevalência de infecção hospitalar por cateter venoso central (CVC) em UTI’s, conhecer os microrganismos mais prevalentes relacionados a estas infecções e a sensibilidade aos antimicrobianos. METODOLOGIA Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo realizado por meio de um levantamento epidemiológico em duas UTI’s (geral e a do pronto socorro) de um hospital público e de ensino de Teresina(PI), no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2007. A população do estudo foi de 2.572, com uma amostragem de 73 casos de IH em CVC. Os dados foram coletados através de um formulário utilizando como fonte de coleta dos dados, documentos de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva e banco de dados de culturas realizadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e processados pelo Software SPSS, versão 9.0. Os princípios éticos foram respeitados de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS A prevalência de IH por CVC foi de 2,78%. A UTI do pronto socorro teve uma maior prevalência de infecção (2,9%). O microrganismo de maior prevalência foi a Klebsiella pneumoniae (54,79%). Evidenciou-se uma maior sensibilidade antimicrobiana da Klebsiella pneumoniae ao imipenem (77,53%), do Staphylococcus aureus a vancomicina (100%), do Pseudomonas sp (77,78%) e de outros BGN não fermentadores (57,14%) a amicacina. CONCLUSÃO Concluiu-se que os resultados do estudo de prevalência de IH por CVC, nas UTI’s, apresentaram dados consideravelmente baixos, demonstrando que as taxas encontradas refletem a qualidade da assistência prestada aos usuários deste serviço de saúde.