Introdução: os avanços tecnológicos tornaram possível tratar lesões intracranianas com maior precisão que anteriormente, mas isso faz com que o paciente esteja sujeito a riscos durante e após a cirurgia. O objetivo deste trabalho foi descrever as principais complicações no pós-operatório decorrentes de neurocirurgias, despertando na equipe de enfermagem, a detecção precoce das mesmas, levando a uma melhor assistência no cuidado deste cliente. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura através de bancos de periódicos científicos (COCHRANE LIBRARY, SCIELO, BIREME, BANCO DE DADOS DE TESES DA USP, LILACS, WEB OF SCIENCE). Utilizou-se os descritores: enfermagem, neurocirurgia e complicações pós-operatórias. Resultados: 1.372 estudos foram encontrados, dos quais foram selecionados 07 que tinham importância para este estudo e verificou-se que a incidência de pacientes que apresentam alguma complicação pós-operatória em neurocirurgia é cerca de 54%, diversos fatores estão relacionados como: idade, sexo, estado geral do paciente, diagnóstico médico, procedimento cirúrgico, tempo e tipo de cirurgia, anestesia, preparo e avaliação pré- operatória. Dentre as principais complicações do pós-operatório pode-se destacar: hipertensão intracraniana, edema cerebral, hidrocefalia, meningite, trombose venosa profunda, fístulas liquóricas, diabetes insipidus, déficits neurológicos, infecção da ferida operatória, abscesso cerebral e subdural, osteomielite, edema periorbital e outros. Conclusão: os cuidados no pós-operatório tornam-se imprescindíveis para a diminuição do tempo de internamento do paciente, para minimizar infecções e reduzir, ao máximo, as complicações citadas neste trabalho. É necessário que o enfermeiro, como parte fundamental da equipe, trabalhe de forma multiprofissional com o conhecimento científico adequado para contribuir ativamente neste processo de prevenção e detecção precoce de complicações em neurocirurgias.