INTRODUÇÃO: O leite materno é muito importante para a saúde da criança devido as suas características bioquímicas, imunológicas e nutricionais. Verifica-se também benefício para a saúde física e psíquica da mulher que amamenta, na qual muitas são as adversidades que interferem na amamentação. OBJETIVO: O estudo objetivou identificar as dificuldades enfrentadas pelas nutrizes durante o aleitamento materno. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de corte transversal com abordagem quantitativa realizado em um Banco de Leite Humano. A coleta dos dados foi realizada através de um formulário nos meses março e abril de 2010, após aprovação do comitê de ética e pesquisa da Universidade Tiradentes e da direção da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, visando atender os aspectos éticos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados foram armazenados e tabulados no programa estatístico SPSS versão 16.0. RESULTADOS: Os resultados revelaram que das 71 lactantes, 43% tinham faixa etária entre 19 e 25 anos, 66% eram casadas, 35% possuíam ensino médio completo, 45% viviam com uma renda mensal de um salário mínimo. Como relação à história clínica das nutrizes 93% tiveram parto com idade gestacional de 38 a 41 semanas, 56% foram partos cesáreos, 1% gravidez gemelar, 92% das nutrizes obtiveram alojamento conjunto e 61% foram orientadas sobre aleitamento materno durante o pré-natal. Quando analisadas as dificuldades na amamentação, observou-se que 77% foram ingurgitamento mamário, 65% apresentaram fissuras nos mamilos, 41% relataram demora na decida do leite após o parto, 31% apresentaram mastite, 18% informaram que o recém-nascido não conseguiu sugar quando estava mamando, 15% referiram à produção do leite ser insuficiente para satisfazer o bebê e 8% utilizaram sempre à mesma mama no momento da amamentação. CONCLUSÃO: Portanto, as orientações recebidas dos profissionais durante o pré-natal sobre o aleitamento materno são necessárias para prevenir ou minimizar as dificuldades neste processo. Os dados da pesquisa mostram que as orientações quando transmitidas são de forma fragmentadas. Espera-se que os resultados encontrados possibilitem uma reflexão aos profissionais que não realizam as devidas orientações às mulheres durante o pré-natal e o puerpério.