Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
A ENFERMAGEM NA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: MODOS DE CUIDAR
Relatoria:
MARIO ANTONIO MORAES VIEIRA
Autores:
- Ana caroline Guedes Souza
- Laura de Fátima Lobato Silva
- Alessandra Carla Baia dos Santos
- Tânia Cibele Souza e Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Monografia
Resumo:
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes representa um fenômeno histórico, complexo, dinâmico e desafiador, que envolve fatores individuais, familiares, sociais, políticos e culturais. Além disso, ocorre em um ambiente reservado/ protegido, dentro do lar, e por isso, é de difícil detecção. É fundamental que os profissionais de saúde saibam reconhecer e cuidar da criança e/ou adolescente vítimas de maus-tratos. O objetivo foi analisar os modos de cuidar de crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos no meio intrafamiliar, entre Enfermeiros, Técnicos de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde do PSF do Bairro Benguí, em Belém-Pará, buscando saber se esses profissionais conseguem identificar e cuidar de crianças e adolescentes vítimas de violência. Trata-se de uma pesquisa de campo, qualitativa e descritiva. Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada com 11 profissionais da saúde que foi gravada, transcrita, sistematizada e analisada, seguindo o caminho da análise de conteúdo e organizado em quatro categorias: Conhecimento teórico sobre a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes; Capacidade de identificação de situações de risco de violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes; Conhecimento sobre os órgãos de notificação e conduta profissional; Modos de cuidar de crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar. Os resultados apontam que os entrevistados conseguem identificar situações de risco para violência infanto-juvenil, lidam diariamente com este fenômeno e reconhecem o Conselho Tutelar como órgão adequado para direcionar casos de violência praticada contra crianças e adolescentes, embora não notifiquem os casos por medo de represália dos agressores. Verificamos que os profissionais cuidam de crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos no ambiente intrafamiliar, um cuidado que também envolve as famílias, no entanto, o cuidar não se completa devido às subnotificações e à falta de um trabalho interdisciplinar. Conclui-se, portanto, que este estudo propõe reflexões que possam resultar em ações específicas junto às vítimas da violência intrafamiliar, e fortalecer a linha de pesquisa em saúde da criança e do adolescente com uma nova forma de abordagem do cuidar no contexto da saúde pública.