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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS: A REALIDADE DOS TRANSPLANTES EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR MINEIRO
Relatoria:
FLAVIANA DO AMARAL MASCARENHAS
Autores:
  • Helena Hemiko Iwamoto
  • Ilídio Antunes de Oliveira Júnior
  • Shigueo Iwamoto
  • Flaviana do Amaral Mascarenhas
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No Brasil, em relação aos transplantes com doador cadáver, de cada oito potenciais doadores de órgãos e tecidos, apenas um é notificado. (SNT, 2009). Outro problema é a negativa da doação, sendo uma das principais barreiras para o aumento do número de transplantes. É provável que esta questão esteja relacionada à falta de decisão por parte dos familiares no momento em que se solicita a doação. (Garcia, 2006). O Ministério da Saúde considera como taxa esperada, de possíveis doadores, com morte encefálica, após entrevista com os familiares, consentimento de 60% e efetiva doação de 30%. Estas são as razões que levou-nos a realização desta investigação que tem por objetivo, descrever a eficácia da notificação e eficiência da doação de órgãos de um hospital universitário. Estudo descritivo e retrospectivo, a partir de dados registrados na Comissão intra hospitalar para doação de órgãos e tecidos para transplantes (CIH-DOTT) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). De janeiro de 2003 a dezembro de 2007, foram notificados, 1.239 possíveis doadores de órgãos e tecidos, perfazendo uma média mensal de 20 casos. Do total de notificações 69/5,5% apresentavam diagnóstico de morte encefálica suspeita e/ou confirmada, sendo na sua maioria do sexo masculino (58,2%), média de idade de 54,4 anos, e variando de zero a 102 anos. Após a entrevista com os familiares, 120/9,6% dos casos resultaram em transplantes de córneas e múltiplos órgãos. A maioria das notificações 1.082/87,3% foi encaminhada por técnicos administrativos e de enfermagem, e apenas 73/5,8% por médicos e/ou enfermeiros. Nos anos de 2006 e 2007 ocorreram o maior percentual de notificações (853/68,8%), resultando no aumento de doações de órgãos e tecidos (76/63,3%). Os resultados evidenciaram, além da importância do serviço, a abordagem dos familiares como instrumento de maior eficiência no processo de captação de órgãos.