INTRODUÇÃO: O planejamento familiar consiste no ato consciente de planejar o nascimento dos filhos, favorecendo na escolha do número desejado e a ocasião mais apropriada de tê-los. No Brasil, os programas de controle da natalidade surgem no final do século XX, no período da ditadura militar por questões econômicas sob a influência de entidades americanas. Na década de 60 ocorre inserção da mulher no mercado de trabalho, expansão da consciência feminista e chegada maciça dos métodos anticoncepcionais, como pílula e Dispositivo Intra Uterino (DIU), permitindo dissociar a sexualidade da procriação. Os contraceptivos tinham oferta limitada, precária e sem assistência adequada, comprometendo a saúde da mesma. Entretanto, foi em 1983 com a criação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), rompeu com a percepção reprodutiva da mulher, ampliando o olhar para a vivência de todas as fases do ciclo vital, através das ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. OBJETIVO: Identificar os principais métodos contraceptivos distribuídos pelos estabelecimentos de assistência à saúde (EAS) dos serviços públicos no município de Vitória de Santo Antão- PE. MÉTODOS: Pesquisa bibliográfica extraídas nos manuais da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e documental, através de informações contidas no Relatório Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME). RESULTADOS: Os métodos contraceptivos que são oferecidos nos EAS são: camisinha masculina, camisinha feminina, anticoncepcionais orais combinados (Nociclin, Ciclofemi, Tantin, Ciclo 21), anticoncepcionais orais de progestógenos (Norestin), pílula de emergência (Pilem), injetável mensal (Noregyna) e injetável trimestral (Contracep). CONCLUSÃO: A partir desta investigação, observou-se que nos EAS do município de Vitória de Santo Antão, os métodos contraceptivos oferecidos estão restritos aos métodos hormonais orais, injetáveis e condons. No entanto, na lista de produtos financiados pelo Ministério da Saúde, também consta o Dispositivo Intra-uterino (DIU) e diafragma, enquanto que os adesivos, anéis hormonais e implantes, são métodos de um custo mais elevado, dificultando a aquisição pelo serviço público.