A candidíase pode ser definida como uma afecção aguda, subaguda ou crônica, causada por leveduras pertencente ao gênero cândida, sob influência de vários fatores, tais como: diabetes, gravidez, tratamentos prolongados com antibióticos, drogas imunossupressoras, desnutrição e baixa defesa orgânica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou em 170 milhões os casos de candidíase, em pessoas entre 15 e 49 anos, com a maioria (92%) ocorrendo em mulheres. Seus principais sintomas que freqüentemente tem seu inicio antes da menstruação são prurido e irritação vaginal ou vulvar, em geral acompanhados de disúria e dispareunia. O tratamento especifico da candidíase vaginal inclui preparações antifúngicas e antibióticos usados como antifúngicos (nistatina), com esquemas terapêuticos que variam conforme a necessidade. Diante de tais constatações objetivou-se realizar uma análise quantificando o número de casos de cândida sp em mulheres no município de Esperança-PB, classificando-os quanto à faixa etária, resultado citopatológico e associação dos microorganismos com a cândida, fazendo uma análise bibliográfica em relação à atuação da enfermagem frente ao problema. As informações foram pesquisadas através do livro de registro citopatológicos mediante duzentos resultados no período compreendido entre julho a dezembro de 2008 da S.M.S do município e posteriormente analisados com o auxilio de informações disponíveis em sites, livros, revistas e trabalhos acadêmicos, que apresentem dados condizentes com a proposta da pesquisa. Os resultados mostraram que a faixa etária mais acometida prevalece entre 20 a 24 anos, com um total de nove casos; no que se refere à lactobacillus, bacilos e cocos ocorreu um percentual de 73%; já para os casos de cândida sp foi de 14,5%; enquanto que gardenerella vaginalis com 10% e trichomonas vaginalis com 5%. Em relação aos microorganismos associados os dados revelaram que a cândida sp associada a lactobacillus e bacilos com 6,5%; cândida sp, cocos e bacilos no percentual de 4%; cândida sp, lactobacillus, bacilos e cocos com 2,5% e cândida sp, lactobacillus e cocos com 1,5%. Diante do pressuposto, a pesquisa mostrou que o número de casos de agentes microbianos comprovados possui uma variedade patológica, podendo acometer danos a saúde da mulher, porém a maioria dos casos registrados mostram que não há comprometimento algum por fazerem parte da microbiota normal da mulher.