A gravidez na adolescência constitui tema de grande relevância na realidade social brasileira, tornando-se um fenômeno de interesse e preocupação acadêmica, social e governamental em nosso país e em países desenvolvidos. Esse fenômeno no Brasil tem se mostrado estabilizado numericamente para a faixa etária de 15 a 19 anos. A associação da gravidez à adolescência intensifica as mudanças próprias da adolescência, o que requer maior atenção, pois em meio a tantas transformações adiciona-se o confronto na busca do eu, na expectativa de uma profissão ou a falta dela e na necessidade de responder à imposição da sociedade de tornar-se mãe precocemente. O interesse por essa temática surgiu em virtude da problemática enfrentada palas jovens no nosso cotidiano de trabalho, escutando a historia de vida de cada paciente, principalmente seus conflitos familiares. Pois, inegavelmente, a família é uma instituição de transmissão, de valores, princípios, tradições, ritos, costumes e patrimônios, sejam estes simbólicos ou materiais. Todavia o nosso estudo teve como objetivo realizar análise e intervenção à necessidade de um trabalho analítico e investigativo, considerando a temática da gravidez na adolescência e suas conseqüências bio-psico-sociais.Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir do resgate e aprofundamento de referencial teórico, encontrado em livros, artigos de revistas especializadas, anais de congresso e em banco de dados, online. Desta forma, a gravidez na adolescência representa um desafio para os profissionais de saúde, educadores, governo e sociedade em geral, podendo acarretar conseqüências sociais, emocionais e físicas, que se entrelaçam num todo indissociável. Assim o estudo buscou contribuir para uma análise da gravidez precoce trazendo à tona a reação da família, com aspectos que, a luz da abordagem sistêmica, interfere significativamente no contexto familiar.