O portador do diabetes mellitus requer apoio, compreensão, confiança e proteção da família, o que facilita a adesão ao tratamento, proporcionando qualidade de vida durante a evolução do diabetes. Ajudar os pais a reconhecer e responder aos comportamentos de seus filhos é importante, no sentindo de promover e facilitar a interação do portador da doença com a sua família, permitindo a participação destes nos cuidados com a criança. Este estudo tem como objetivo verificar a percepção e as atitudes das mães frente ao diagnóstico do filho com diabetes mellitus tipo I. A pesquisa ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, obedecendo a Resolução 196/96 e a Resolução 311/07, com número de protocolo 106/08. A metodologia utilizada foi exploratória e descritiva, com análise das questões subjetivas pelo método qualitativo, empregado a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Segui-se as normas da ABNT. Na análise evidenciou que as mães apresentam sentimentos oscilantes de luto no momento da descoberta do diagnóstico. A família pode não saber como agir, tendo atitudes ora de aproximação com o doente, ora de isolamento emocional. A participação familiar no processo educativo contribui para o seguimento do tratamento, na medida em que serve como fonte de apoio emocional nos momentos em que o diabético se sente impotente diante dos desafios advindos da doença. As informações fornecidas para família quanto para criança é um meio eficaz de minimizar os sentimentos de incerteza, medo, dor e desconforto inerentes ao diagnóstico de uma condição mórbida para a qual não se tem a perspectiva da cura. Relataram também que os familiares são presentes e os que não conhecem a doença, procuram aprender por meio das orientações dos profissionais, de livros, jornais e internet para cuidar melhor do filho. Concluímos que a preocupação dos pais refere-se às ocorrências constantes de descompensação, que traduzem a falta de equilíbrio da situação metabólica, gerando uma maior possibilidade de o filho vir a desenvolver complicações que comprometem sua qualidade de vida no futuro. A família prossegue manifestando sua satisfação com as informações oriundas dos profissionais de saúde e se mostram bem informados sobre a doença, além das alterações relacionadas à alimentação, inserção de exercícios físicos e insulinoterapia, acrescentam à experiência, e ao cuidado compartilhado entre os membros da família.