RESUMO: Introdução: O estudo da temática acerca da Saúde do Homem revela que os principais obstáculos à promoção da Saúde do Homem, são o preconceito e a idéia de invulnerabilidade na construção da masculinidade hegemônica, e, portanto, os homens em geral são considerados relapsos com sua saúde. Evidencia-se que através da história os Homens sempre morreram mais cedo do que as mulheres por recorrerem menos às consultas médicas. Objetivo: Analisar a produção bibliográfica acerca da temática Saúde do Homem com enfoque voltado para compreensão das dificuldades, obstáculos e as resistências associadas à saúde do gênero. Metodologia: Foram selecionados 818 artigos científicos, publicados entre janeiro de 2000 a janeiro de 2010, em língua portuguesa, contudo, apenas 15 destes foram relevantes ao tema proposto, e mais 2 publicações do Ministério da Saúde. Este trabalho foi executado segundo as normas ABNT. Discussão: Os autores revisados apontam que o preconceito da grande maioria dos Homens em buscar um serviço de saúde e a estereotipagem da masculinidade, são os maiores vilões no quesito promoção a saúde do Homem. Assinalam ainda que o temor dos Homens em buscar assistência médica, enfrentar doenças, dificuldade em verbalizar problemas de saúde, vergonha em se expor a um profissional de saúde, levam o gênero masculino a não adotar comportamentos preventivos, nem tampouco acessar os serviços de saúde. Peculiarmente, a literatura atenta-se a dificuldade do gênero em conciliar horários de atendimento de serviços de saúde com seu horário de jornada laboral. O poder aquisitivo e a escolaridade do gênero influem diretamente em seu comportamento de saúde. Conclusão: Os autores advogam que o adoecimento para a população masculina é um processo de difícil aceitação e sua mortalidade é maior em todas as idades, indicando que a maior barreira à promoção da saúde do Homem advém de seu preconceito em buscar um serviço de saúde, pela estereotipagem do gênero e sua visão de invulnerabilidade e virilidade, descuidando assim, parcialmente de sua saúde, tornando-os mais propensos a doenças. A inviabilidade para verbalizar e aceitar seus problemas, temor de descobrir uma patologia grave, vergonha de se expor, baixa escolaridade e poder financeiro, caracterizam-se como outros importantes agravantes.