A Doença Renal Crônica (DRC) é uma síndrome irreversível e progressiva das funções glomerular, tubular e endócrina dos rins os tornando incapazes de manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico do organismo. A DRC interfere na vida dos pacientes e o conhecimento desta patologia influencia no controle da doença e na qualidade de vida dos mesmos, bem como proporciona medidas mais efetivas e melhora o benefício da terapêutica. O objetivo do presente estudo foi verificar o conhecimento dos portadores de DRC em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Doenças Renais (CDR), localizada no Município de Imperatriz – MA. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de campo e com abordagem qualitativa e quantitativa. Para tanto, foram analisados 118 pacientes, com faixa etária de 21 a 85 anos, no período de novembro de 2009 a abril de 2010. Os dados foram Obtidos por meio da aplicação de um roteiro de entrevista semi-estruturado, durante as sessões de hemodiálise, onde foram investigadas as seguintes variáveis: idade, sexo, grau de escolaridade, ocupação profissional e aspectos inerentes à DRC. A análise dos dados demonstrou que a maioria dos pacientes é do sexo masculino (70,3%); acima de 50 anos (55,1%), com ensino fundamental incompleto (44%) e aposentados (23,7%). Quando indagados sobre a DRC, 75% dos pacientes demonstraram apresentar algum entendimento a respeito e 25% alegaram não conhecer informações sobre a DRC. No que diz respeito às dúvidas sobre a mesma, predominou aquelas relacionadas às possibilidades de cura pelo transplante renal e à etiologia da doença. No que concerne às doenças que contribuíram para a ocorrência da DRC, 7% responderam diabetes, 25,5% hipertensão arterial, 47,5% alegaram outras causas e 20% não souberam responder. Em relação ao tempo que os pacientes convivem com a DRC, 47,5% a possuem por um período inferior a cinco anos, 20% de seis a dez anos, 18% de onze a quinze anos e 14,5% acima de dezesseis anos. Fraqueza, câimbra e fadiga associadas, foram relatadas por 27% dos entrevistados e 24% destes relataram sentir dor generalizada. Além disso, verificou-se correlação positiva entre conhecimento da doença e nível educacional e correlação negativa com relação à idade. Assim, sugere-se maior atenção e orientação para pacientes mais idosos e com menor nível educacional para que eles possam conhecer melhor sua doença.