O processo de trabalho pode gerar situações em que estão presentes os elementos patógenos que constituem riscos e perigos que podem causar danos à saúde do trabalhador. Este estudo objetiva caracterizar os profissionais do setor de produção da fábrica de cimento da cidade de Montes Claros/MG quanto ao seu perfil socioeconômico, os riscos a que estão expostos e acidentes que acarretam em possíveis consequências a sua saúde. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva realizada junto a estes profissionais com a aplicação de formulário para 17 trabalhadores; a análise dos dados ocorreu por meio da epidemiologia descritiva. O estudo foi aprovado pelo CEP/UNIMONTES com o parecer consubstanciado 1861/2010. Os resultados revelaram que a faixa etária dos trabalhadores varia entre os 39 anos, predominam-se o sexo masculino e são na sua maioria casados; a escolaridade mostra maior qualificação entre os sujeitos com 47,08% com nível superior incompleto. O estudo revelou ainda que os trabalhadores estão expostos a alguns agentes geradores de incômodos ou acidentes para os mesmos, tais como ruídos, temperaturas extremas, vibrações, poeiras químicas, posturas inadequadas, quedas e choque elétrico; possuem treinamentos quanto ao uso correto dos EPI (Equipamento de Proteção Individual), que evitam ou minimizam danos a sua saúde provocado pelos riscos a que estão expostos e não houve nenhum acidentes ou relato de doença ocupacional. Dessa maneira, os trabalhadores apresentaram baixos índices de exposição aos agentes ocupacionais, principalmente as poeiras químicas, e nenhum acidente de trabalho, já que estão expostos a vários riscos em decorrência do processo de trabalho; esses resultados positivos podem ser atribuídos aos investimentos em medidas de segurança devido a uma política interna de prevenção de acidentes tornando produtivo o processo de trabalho.