Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
FOTODERMATOSES: IDENTIFICANDO RISCOS DE EXPOSIÇÃO NOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Relatoria:
WALNISIA POLYANNA DE SOUSA BARROS
Autores:
- Elisângela Braga de Azevedo
- Francicleide do Rêgo Maciel
- Priscilla Maria de Castro Silva
- Elaine Braga Faustino
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Autoridade, poder e cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A luz solar, além de ser a principal responsável pelo surgimento do câncer da pele e do envelhecimento cutâneo, pode provocar uma série de doenças, dentre elas, as fotodermatoses, frequentes após o verão, são manchas acastanhadas de formato irregular que surgem após o contato da pele com substâncias fotossensibilizantes e exposição ao sol. Uma das categorias profissionais sob risco constante devido exposição diárias ao sol são os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) tornando-se também vulneráveis devido à escassez de equipamentos de proteção individual. Objetivou-se identificar as principais fotodermatoses nos ACS do município de Campina Grande – PB, especificamente buscou-se saber se estes utilizam equipamento de proteção individual e qual seu entendimento dos riscos que estão expostos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, realizada nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) Tambor I e II. Fizeram parte da amostra nove ACS, tendo a coleta de dados, ocorrido no mês de julho de 2009. O instrumento utilizado foi uma ficha clinica elaborada pelos pesquisadores, respondendo aos objetivos propostos. A pesquisa seguiu os princípios éticos da resolução 196/96 do CNS. Os resultados demonstram uma amostra de 88,9% do sexo feminino com idade de 27-37 ( 66,7%) e 41 e 53 (33,3%), 66,7% já atuam na profissão de 5 a 6 anos e 33,3% de 7 a 9 anos. Dentre as queixas relatadas na anamnese, destacamos: Manchas na face 44,4%, sinais 44,4%, manchas nos MMSS e MMII 55,5%, fungos 2,2%, coceira em um sinal 1,1%. 44,4% referiram ter feito tratamento anterior com ácido, sabonetes, antifúngicos, corticóides. Quanto ao uso de protetor solar 77,8% fazem uso, porém 44,4% usam duas vezes/dia e 33,3% uma vez ao dia, sendo insuficiente para proteção devido ao tempo de exposição diária ao sol. Quando ao entendimento destes quanto aos riscos relacionados ao trabalho 100% referem câncer de pele, 44,4% manchas e 2,2% envelhecimento precoce/descamação da pele. Foram encontradas as seguintes alterações dermatológicas: Nevos simétricos na face com hipercrômia e /ou hipocrômia 77,8%; Nevos melanócitos simétricos nos MMSS e /ou MMII 88,9%, tronco 66,7%, dorso 55,5%, bem como sinais, melasmas, micoses e manchas hipocrômicas. Consideramos fundamental a divulgação da pesquisa, buscando sensibilização a academia/profissionais/gestores para ações efetivas e preventivas direcionadas a exposição que a categoria profissional se encontra, dada a importância da preservação de sua saúde.