As infecções sexualmente transmissíveis estão entre as causas mais comuns de doenças no mundo, tornando-se um grave problema de saúde pública. Entre elas, a infecção pelo Papiloma vírus humano (HPV), vem se destacando por ser o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero, segundo tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil. Existem mais de 100 tipos de HPV, mas apenas alguns deles estão associados a lesões pré-cancerígenas. Para que haja a evolução da infecção para uma carcinogênese é necessária sua associação com fatores, como início precoce da vida sexual, número de parceiros e gestações, persistência viral, tabagismo, uso prolongado de anticoncepcionais orais e comprometimento do sistema imune. Este estudo teve como objetivo descrever a prevalência de HPV no Agreste Pernambucano, avaliando sua distribuição e as faixas etárias mais acometidas. Foram utilizados dados do Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com base nos casos de infecção por HPV em mulheres, notificados no período de 2007 a 2008. Na mesorregião do Agreste Pernambucano foram notificados 1.261 casos no período de janeiro/2007 a dezembro/2008. Os municípios que mais se destacaram, em relação à prevalência foram Caruaru e Gravatá. A faixa etária de 20 a 29 anos seguiu o padrão mundial e obteve o maior número de casos notificados. Alguns municípios Pernambucanos não apresentaram nenhuma notificação, mas não se pode afirmar se houve falhas nas notificações ou se, realmente, não houve casos de infecção por HPV no período estudado. Portanto, não se deve esquecer que a realização dos exames preventivos (Papanicolau), as ações voltadas para a prevenção e o estímulo à notificação, são a melhor maneira de se diminuir a incidência da infecção pelo HPV no Brasil.