O câncer é uma doença crônico-degenerativa que altera a saúde e os modos de vida das pessoas. O mesmo pode atingir as mais diversas classes de indivíduos, embora possa ocorrer por diferentes fatores comuns a determinados grupos populacionais. Assim, um dos papeis da enfermagem é tentar reduzir as divergências que ocorrem no atendimento ofertado nos serviços de saúde, com o objetivo de cooperar para o avanço dos métodos de cuidados aos doentes, de modo que todos possam receber assistência adequada. Esse estudo objetivou analisar os dados de mortalidade por neoplasia maligna no Brasil, no Nordeste (NE), no estado do Rio Grande do Norte (RN) e no município de Parelhas/RN no período entre 2002 - 2008. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, cuja fonte de dados foi a Sala de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, sendo pesquisados os indicadores de mortalidade por neoplasias malignas de brônquios e pulmões, estômago, mama, próstata e colo do útero, referentes às esferas supracitadas, além do DATASUS, onde foram coletadas informações populacionais nas tabelas de dados demográficos e população residente. A construção do trabalho seguiu as normas da ABNT. A pesquisa foi realizada em dezembro de 2009, e os números encontrados foram confrontados com o levantamento bibliográfico, voltando-se a atenção para os perfis epidemiológicos que retratam os fatores de risco relacionados ao câncer. Foram observadas divergências nas médias referidas ao mesmo tipo de câncer, do âmbito nacional ao local. O câncer de pulmão se mostrou como a maior causa de morte, entre as estudadas, no país, no NE e no RN. Já em Parelhas/RN a causa mais frequente foi o câncer de estômago, que apareceu em segundo lugar nas outras localidades. Em todos os níveis, o câncer de colo de útero foi o menor causador de mortalidade, porém, em Parelhas/RN, o número é alarmante em relação às demais, devendo-se atentar para o fato desse tumor maligno atingir apenas mulheres. Os índices de mortalidade revelam que esses tipos de câncer representam um sério problema de saúde pública no Brasil. Portanto, ressalta-se a importância das práticas preventivas como dieta saudável, diminuição do uso do tabaco e da ingestão de álcool, a prática de exercícios físicos e a procura periódica aos serviços de saúde. Percebeu-se que, mesmo se tratando de um único país, os perfis epidemiológicos divergem em cada realidade, apontando a necessidade de se pensar estratégias de intervenção específicas.