Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE FORTALEZA-CE
Relatoria:
ADRIANA TEÓFILO BESSA
Autores:
- Escolástica Rejane Ferreira Moura
- Argina Maria Bandeira Gondim
- Suellen Alves Freire
- Andrezza Alves Dias
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Monografia
Resumo:
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que acomete principalmente a idade produtiva, constituindo um problema social. A busca do sintomático respiratório leva ao diagnóstico precoce, quebrando, assim, a cadeia de transmissão da doença, que é de elevada transmissibilidade visto que sua proliferação ocorre por vias aéreas. Objetivou-se verificar a distribuição de pacientes sintomáticos respiratórios segundo sexo e faixa etária; analisar o perfil baciloscópico e de cultura com teste de sensibilidade aos tuberculostáticos destes pacientes; descrever os resultados da sorologia anti-HIV do mesmo grupo e identificar a situação de caso(s) de tuberculose diagnosticado(s). Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado em unidade de saúde pertencente à Secretaria Executiva Regional I (SER I), do Sistema de Saúde de Fortaleza-CE, no período de novembro de 2008 a maio de 2009. Participaram 169 sintomáticos respiratórios, selecionados de forma aleatória por ocasião da Consulta de Enfermagem e que preencheram os seguintes critérios de inclusão: ser maior de 18 anos, apresentar tosse por mais de duas semanas, não estar grávida e não ter feito uso de tuberculostáticos há menos de um mês. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, que seguiram um formulário pré-estabelecido para uso nacional, pois este estudo é parte do II Inquérito Nacional de resistência aos fármacos anti-TB conduzido em 2007-2008, para a qual Fortaleza foi sede da coleta de dados. Verificou-se que 56% dos entrevistados eram do sexo masculino; a faixa etária variou dos 18 aos 79 anos; 29 (17,2%) apresentaram BAAR positivo, enquanto 35 (20,7%) deixaram de realizar os exames solicitados; 17% tinham história anterior de tuberculose, que evoluiu para alta por cura e 3% abandonaram o tratamento anteriormente; 54% fizeram o teste anti-HIV, 46% recusaram a realizar o teste e 1,0% resultou em anti-HIV positivo; 0,5% apresentou resistência a INH e 0,5% a RMP e INH. Os resultados, portanto, reforçam a importância da busca aos sintomáticos respiratórios, pois estes correm o risco de ter um diagnóstico tardio bem como de permanecer transmitindo o bacilo. Também mostraram a necessidade de melhorar a adesão dos pacientes aos exames orientados para a fase de investigação.