Introdução- Os profissionais de enfermagem, no contexto da atenção básica, representam o maior contingente de trabalhadores e vários estudos destacam que as condições de trabalho vivenciadas por esses ocasionam melhoras pessoais, sociais, econômicos e na saúde como um todo. O enfermeiro é o agente terapêutico, cujo objetivo fundamental é auxiliar o paciente a aceitar a si próprio e a melhorar as suas relações pessoais. Objetivo - observar o conceito de cidadania na prática de enfermagem; observar a concepção do usuário sobre esta prática e analisar a percepção dos alunos quanto ao desenvolvimento da cidadania no cuidado Metodologia- Trata-se de um estudo de natureza descritiva, relato de experiência, onde a observação dos dados foi realizada em atividade curricular em uma unidade básica de saúde em Teresina – PI durante o segundo semestre de 2008, onde a mesma foi realizada por grupos de alunos sob a supervisão da professora da disciplina Psicologia aplicados à enfermagem. Resultados- Cidadania, autonomia e socialização se apresentam ainda de modo bastante conflituoso diariamente, no cotidiano das equipes de saúde mental e principalmente entre os alunos e suas relações com os usuários. Atualmente as práticas de enfermagem em saúde mental caracterizam-se pela transição entre uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento e a incorporação de princípios que buscam adequar-se a uma prática interdisciplinar, aberta às contingências dos sujeitos envolvidos em cada momento e em cada contexto respeitando o individuo como cidadão pleno, ou seja, indivíduo titular dos direitos civis, políticos e sociais sempre respeitando os limites do transtorno mental. Durante a modalidade de visitas domiciliares foi perceptível o quanto a população é carente de cuidados e de informações enfatizando a importância do profissional de saúde e indiscutivelmente o enfermeiro. Conversas informais e atividades lúdicas compuseram o quadro de formação e informação do processo de cuidar e do desenvolvimento da cidadania que visivelmente facilitou o entendimento do que era proposto destacando o auto-cuidado, a importância e continuidade do tratamento e a participação social. Conclusão - Superando a perspectiva disciplinar conclui-se que é indispensável cuidar de um paciente portador de um transtorno mental e o conceito de cidadania no resgate da autonomia e do auto cuidado, reinserindo-o na sociedade e respeitando seus limites.