Os trabalhadores de saúde estão expostos a diferentes tipos de riscos ocupacionais que podem levá-los a terem acidentes e/ou desenvolverem doenças relacionadas ao trabalho. A enfermagem constitui a maior parte na classe de funcionários da estrutura hospitalar, com uma jornada de trabalho desgastante deixando toda a equipe exposta a riscos ocupacionais em seu ambiente de trabalho. O objetivo desse trabalho foi identificar o perfil dos profissionais da equipe de enfermagem que sofrem acidente de trabalho, e os tipos de acidentes mais frequente, através de uma revisão sistemática da literatura ciêntifica dos ultimos 10 anos, na Base de Dados Bireme. A seleção final integrante da revisão sistemática correspondeu a 20 artigos, todos com delineamento de estudo transversal, 19 artigos tiveram o português como língua de publicação e apenas 1 publicado em inglês. Quanto a origem da informação, 35% dos artigos tiraram a informação de registro de acidente de trabalho da CAT, 30% de entrevista direta com os profissionais de enfermagem e 30% de fichas de notificação da instituição como do CCIH, SESMT e protocolos de atendimento implantados no local, 1 artigo retirou dos prontuários dos trabalhadores e 1 artigo não informou a origem da informação. Apenas 20% dos artigos analisaram todos os tipos de acidentes de trabalho, e assim puderam relatar os mais frequentes, todos demonstraram que os acidentes com material perfurocortante são os mais frequentes entre a equipe de enfermagem. Os outros 80% dos artigos tratavam de acidentes específicos, não relatando a frequência total dos acidentes de trabalho. Encontramos que categoria de enfermagem que mais sofrem acidentes de trabalho são os auxiliares de enfermagem, apresentando em média uma maior frequência de acidentes na idade entre 30 a 40 anos, do sexo feminino, casado, sem nenhum padrão encontrado quanto ao tempo de serviço. Propõe-se que as investigações sobre acidentes de trabalho na equipe de enfermagem apresente seus resultados com metodologias comparáveis. Nota-se a grande relevância dos acidentes de trabalho na equipe de enfermagem, com elevados percentuais, chamando atenção para o papel do enfermeiro como educador e participante do processo, que deve estar comprometido com a construção de um modelo de educação em saúde que leve informação e conscientização á todos os profissionais da área da saúde, desde sua formação.