Introdução: O envelhecimento populacional tem sido a mudança demográfica mais marcante observada na maioria dos países do mundo, ocorrendo como conseqüência do declínio da fecundidade, da mortalidade infantil e do aumento da expectativa de vida registrado nas últimas décadas. Objetivos: Analisar a percepção do idoso em relação ao atendimento prestado pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Metodologia: O estudo é transversal, exploratório, descritivo e analítico, de abordagem quanti-qualitativa. Os participantes desta pesquisa foram 25 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, cadastrados na Unidade Básica de Saúde da Família Pedreira do Catolé II, do município de Campina Grande – PB. Para a escolha da amostra foram realizadas visitas domiciliares usando o critério da acessibilidade e saturação. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semi-estruturada e dados sócio-econômicos. Resultados: De acordo com as respostas, os temas foram subcategorizados em itens como: A procura por atendimento: freqüência e motivos; a forma de acesso; a humanização nos serviços de saúde: satisfação e acolhimento; o acompanhamento próximo e acessível; a qualidade e a resolutividade do atendimento; as visitas domiciliares e os grupos educativos; a marcação de exames e consultas com especialistas; a realidade da falta de medicações; a prioridade de atendimento; o tempo de espera; a estrutura física das unidades e a referência como continuidade do atendimento. Após análise foram registrados em 3 categorias: Em busca de atendimento: os idosos rumo à Unidade Básica de Saúde da Família; a Estratégia Saúde da Família: mudanças e avanços e manutenção dos problemas anteriores à estratégia. Conclusão: Na pesquisa foi observado que as políticas em relação aos idosos praticamente só existem no papel. Dessa forma, a ESF, além de um mecanismo indutor da eqüidade no cuidado em saúde para os idosos, se revelou também uma forma mais efetiva de garantir acesso, resolutividade, participação social e qualidade da assistência. Acreditamos que esses dados serão úteis para chamar a atenção dos gestores da saúde e de equipes da ESF para a importância do apoio social como condicionante de saúde, e para a possibilidade de uma atuação que identifique o perfil do idoso mais vulnerável, reforçando a estruturação de redes de apoio de idosos na Saúde Pública, com mudanças nos modelos assistenciais, reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis do Sistema Único de Saúde.