Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PRÁTICA FORENSE
Relatoria:
RICIANY ALVARENGA
Autores:
- JOMARA BRANDINI GOMES
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A enfermagem forense vem se destacando pelo número considerável de profissionais atuantes nessa especialidade que tem por característica a investigação minuciosa nos casos de abusos sofridos pela pessoa, como violência sexual, assédio moral, causas de óbitos e violência oriunda do ambiente domiciliar, dentre outros. Ocorre desde hospitais ao tribunal de justiça, em consultorias nos casos em que há suspeita de abuso e negligência, em serviços hospitalares e na comunidade. O objetivo deste estudo foi descrever as atividades laborais do enfermeiro forense bem como suas áreas específicas de atuação, utilizando-se do método de um estudo exploratório-descritivo na literatura publicada sobre o tema, com base nas normas da ABNT. A compilação dos dados coletados mostram que o enfermeiro forense atua de forma a investigar através da perícia, diversas áreas específicas: Enfermagem Forense Correcional, Enfermagem Clínica Forense, Enfermagem Gerontológica Forense, Enfermagem Psiquiátrica Forense. Sua atuação é bastante diversificada, incluindo exames minuciosos para recolha de vestígios, detecção e tratamento de lesões e traumas em vítimas bem como apoio aos seus familiares. Examinar, reconhecer, recolher e preservar são ações/funções essenciais na prática da enfermagem forense, assim como educar a população contra a violência interpessoal. Para adquirir a competência de perito, o enfermeiro deverá possuir no mínimo 2 anos de experiência na prática forense e submeter-se a um curso que ofereça treino de recolha de vestígios, fotografia forense, revisão de leis locais, revisão de literatura e prática supervisionada em mulheres voluntárias. A prática em perícia pode ser ampliada e aplicada ao exame post mortem ou in vivo e para recolha de DNA e/ou outros vestígios do agressor ou suspeito. Dentre as técnicas investigativas destacam-se: rastreio de resíduos de pólvora e sangue, autópsia psicológica, recriação da cena do crime, elaboração de relatório e croquis. O enfermeiro forense além da recolha de vestígios, presta depoimento no processo judicial por ser testemunha devido ao atendimento às vítimas. Frente ao exposto, conclui-se que a enfermagem forense revela um novo perfil dinâmico e científico do enfermeiro, visto que o mesmo facilita a proximidade com as vítimas e estabelece relações de confiança entre os intervenientes, facilitando a cooperação com o exame forense e garantindo uma assistência humanizada aos mesmos.