Por se tratar de um ambiente estranho à sua realidade, o hospital pode se configurar para a criança como um local hostil que causa medo e angústia. Muitas vezes, os familiares também se sentem ameaçados e desprotegidos estando longe de seu lar. O uso do lúdico, neste período, auxilia a criança a entender que apesar das dificuldades impostas pela doença, o hospital pode se tornar um lugar mais agradável. Assim, este trabalho teve como objetivo descrever as atividades lúdicas e de educação em saúde com as crianças hospitalizadas e seus familiares acompanhantes realizadas por alunos extensionistas da graduação em enfermagem. Trata-se de um relato de experiência das atividades realizadas em uma unidade de internação pediátrica de um hospital público estadual da Zona da Mata Pernambucana, as quais fazem parte das ações proposta pelo projeto de extensão “Cativar”, desenvolvido por acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco, campus de Vitória. O projeto é executado em um espaço reservado na própria unidade pediátrica e incluí diversas atividades lúdicas e recreativas, as quais se podem destacar: leituras e dramatização de fábulas infantis, brincadeiras com jogos, músicas infantis, pinturas, desenhos e confecção de brinquedos alternativos a partir de materiais reciclados. Os acompanhantes são integrados aos componentes do projeto por meio de atividades de educação em saúde que utiliza a estratégia de oficina para construção do conhecimento, em consonância com a realidade sócio-cultural em que vivem. Estas são orientadas por um aluno facilitador que conduz os temas, enfocando medidas básicas para melhoria da qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de agravos. Os resultados produzidos foram: facilitação da adaptação das crianças à hospitalização; estímulo a uma visão humanística no tratamento; minimização do ócio no ambiente hospitalar de crianças e familiares acompanhantes; oportunidade dos acadêmicos de vivenciar ações de planejamento, organização e avaliação de atividades educativas em saúde. Acreditando ser o lúdico uma estratégia de humanização na assistência de enfermagem, precisa ser inserido como um instrumento minimizador do processo, por vezes doloroso, que é a hospitalização infantil. Entendemos, portanto, que auxilia na recuperação da saúde, propiciando momentos de integração entre equipe, familiar e criança, facilitando a comunicação e auxiliando na criação de vínculos de confiança.