INTRODUÇÃO: Desde as últimas décadas, os brasileiros vivenciam a transição demográfica, a qual se constitui pelo envelhecimento da população mediante o aumento da expectativa de vida e a redução das taxas de natalidade. Assim, evidencia-se a necessidade da sensibilização e reafirmação popular quanto às ações que se devem realizar para garantir a concretização dos pressupostos constitucionais apreciados no Estatuto do Idoso, através da Lei 10471, de 01 de outubro de 2006. OBJETIVO: Descrever um relato de experiência do grupo de teatro amador “Enfermeiros Luminescentes” acerca das práticas de Educação em Saúde referentes ao tema Estatuto do Idoso. METODOLOGIA: O grupo de teatro amador é constituído por discentes do curso de Enfermagem que atuam mediante caracterização com vestimentas e jaleco de cor branca somada às pinturas dos rostos e emprego dos narizes de palhaço. O exercício educativo abarca a visão planetária de educação proposta por Edgar Morin (1999), a Educação Popular idealizada por Paulo Freire (1987; 1996) e a concepção do ludismo como forma de aproximar prazer e conhecimento defendida por Piaget (1978) e se dá através do uso de uma peça teatral denominada “O Super Estatuto”, a qual retrata situações que infringem os direitos dos idosos e por meio da panfletagem. RESULTADOS: O exercício educativo contempla as práticas de educação diante da concepção do modelo ampliado de saúde, o que é essencial para transformar determinados hábitos de vida em ações acumuladoras de saúde. Assim, essa premissa foi concretizada, uma vez que após a peça o público realizou um momento reflexivo sobre as temáticas, verbalizou as experiências vivenciadas e expôs estratégias para a transformação de pensamentos e para inserção social dos idosos. Os participantes revelaram que a panfletagem representa uma importante ferramenta de transmissão de conhecimentos, já que o público a utilizava para sensibilizar outros sujeitos quanto aos direitos contidos no Estatuto do Idoso. CONCLUSÃO: Nessa perspectiva, o emprego do teatro amador institui-se como uma metodologia eficaz para formação de disseminadores de conhecimento popular e, portanto, contribui para uma melhor qualidade de vida e inserção social dos idosos. As vivências do exercício educativo demonstraram resultados positivos mesmo sendo pontuais e efêmeras, nos conscientizando da importância da continuidade dos trabalhos, principalmente diante da real transição demográfica que vivenciamos.