Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
A TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE ENQUANTO INSTRUMENTO NECESSÁRIO AO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
Relatoria:
QUINTILA GARCIA SANTOS
Autores:
- Flávio Pereira de Medeiros
- Luzierte dos Santos
- Maria Santina de Araújo
- Cristyanne Samara Miranda de Holanda
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O território não é apenas uma delimitação política, mas um espaço dinâmico, onde o homem se relaciona e transforma o meio ambiente, originando determinados perfis epidemiológicos. Portanto, o reconhecimento do mesmo em seus diversos aspectos, que configura o processo de territorialização, representa um importante instrumento para a compreensão dos perfis epidemiológicos e para o direcionamento de estratégias de promoção e proteção à saúde adequadas a cada realidade. Este estudo relata a experiência vivenciada por estudantes do terceiro período do curso de enfermagem na captação das condições socioeconômicas, demográficas e ambientais do território adscrito pela Estratégia Saúde da família (ESF) do Bairro Castelo Branco, município de Caicó/RN. O trabalho teve como aporte metodológico a disciplina Epidemiologia e Enfermagem, ofertada no Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus do Seridó, que possibilita ao discente conhecer, interpretar e intervir na realidade de saúde, produzindo conhecimentos e contribuindo com o processo de produção dos serviços. O mesmo segue as normas da ABNT. Foi desenvolvido durante o mês de novembro de 2009 através de visitas e diário de campo para reconhecimento da realidade local, registro de impressões e informações, conversa informal com Agentes Comunitários de Saúde da área, e roteiro norteador para captação dos dados das fichas “A” referentes àquela população. Trata-se de um território heterogêneo, urbano e rural, onde há ruas pavimentadas, saneadas e arborizadas, bem como microáreas sem pavimentação, saneamento básico e com sérios problemas ambientais. Essa experiência possibilitou uma aproximação com o território e com as relações sociais nele existentes; a percepção de sua intrínseca relação com processo saúde-doença; o reconhecimento das necessidades da população local e das discrepâncias sociais existentes naquele espaço; a construção de um mapa inteligente; a aproximação com o serviço e a articulação entre teoria e prática. A atividade contribuiu para a compreensão da dinamicidade do território e para o entendimento da territorialização enquanto prática fundamental para o trabalho do Enfermeiro na ESF, levando a uma discussão acerca dos desafios enfrentados pela equipe na operacionalização do trabalho coletivo em saúde. Nessa perspectiva, entende-se necessária uma formação voltada para a superação do modelo clínico curativista e para a efetivação da vigilância em saúde.