O Diabetes Mellitus consiste em uma doença crônica que exige diversificadas modificações no estilo de vida de modo a assegurar o controle glicêmico e minimizar os riscos de desenvolvimento de complicações, assim como impõe restrições físicas, emocionais e sociais. Assim, todas essas variáveis podem repercutir no estado de humor dos pacientes acometidos pelo diabetes, culminando em estados depressivos. Compreendendo a relação direta de efeitos existente entre o diabetes e a depressão, o presente estudo tem como objetivo: descrever a relação de efeitos existente entre o diabetes mellitus e a depressão. Trata-se de uma revisão da literatura e como estratégia metodológica foram utilizadas referências especializadas na temática, mediante busca de estudos disponibilizados na biblioteca virtual de saúde. Foi desenvolvido nos meses de fevereiro e março de 2010. Após sucessivas leituras e discussões do material coletado, os resultados foram descritos textualmente de modo a atender o objetivo proposto. Os resultados apontam que em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão em pacientes com diabetes, por sua vez, é decorrente da dificuldade de adaptação à doença e das limitações funcionais e físicas. Os principais sintomas depressivos são: fadiga, alteração do comportamento alimentar e sexual, do peso corporal, do padrão do sono, tristeza, desânimo e aumento da preocupação, irritabilidade, incapacidade de sentir prazer. Ressalta-se, portanto, que a literatura deixa claro que esses sintomas podem decorrer apenas no diabetes independente da depressão. Outro efeito importante a ser descrito é que os sintomas depressivos no diabetes podem influenciar no curso da doença, podendo prejudicar a adesão ao tratamento, desajustar o controle metabólico e aumentar o risco de complicações. Dessa forma é possível perceber íntima relação existente entre o diabetes e a depressão, devendo estas ser tratadas e controladas de modo a não expor os pacientes a complicações. O equilíbrio de ambas as condições favorecem uma melhoria da qualidade de vida, devendo os profissionais de saúde, em especial, os enfermeiros, estarem aptos a orientar os pacientes para as melhores condutas.