A infecção hospitalar tem suas origens antigas desde o surgimento dos hospitais, no século XIX. A infecção do sítio cirúrgico é a segunda causa de infecção hospitalar, representando 11% destas, segundo estudos realizados no Brasil. Embora, nas últimas décadas os avanços tecnológicos tenham contribuído para o desenvolvimento da área da saúde, a infecção do sítio cirúrgico continua sendo causa de morbi-mortalidade, incapacitância e desfiguração entre pacientes cirurgiados. O estudo realizou uma revisão bibliográfica acerca dos fatores relacionados à infecção do sítio cirúrgico e o papel da Enfermagem diante da prevenção e do controle, mediante a busca dos mais importantes artigos científicos indexados nos bancos de dados Lilacs, Bireme e Scielo. Ao total, foram analisadas 18 publicações. Os diversos estudos analisados relatam alta prevalência deste tipo de infecção, constituindo-se um grave problema de saúde pública. A cirurgia é considerada infectada quando se observa a presença de secreção purulenta, e requer observação direta do local da incisão para que seja confirmado o diagnóstico de processo infeccioso. Segundo os autores a observação da ferida é dificultada devido o tempo de internamento ser cada vez mais reduzido principalmente pelo advento das cirurgias ambulatoriais e ao não seguimento pós-alta. Alguns autores afirmam que fatores intrínsecos ao paciente também podem contribuir para o estabelecimento de infecções e também outros fatores relacionados ao ambiente e ao procedimento cirúrgico. Diante dos diversos riscos relacionados à infecção no local da ferida operatória, os autores afirmam que existe uma dificuldade em manter os índices de infecção hospitalar dentro dos níveis aceitáveis segundo parâmetros nacionais e internacionais, sendo necessário sensibilizar os profissionais ainda na sua formação acadêmica para que o problema discutido possa fazer parte da realidade de todos, quando se sabe que a infecção hospitalar pode ser prevenida. Neste contexto destaca-se o importante papel da Enfermagem na vigilância epidemiológica e educação continuada, buscando através de conhecimento científico capacitar toda equipe de Enfermagem como também conscientizar os demais profissionais da unidade hospitalar acerca das precauções padrões de prevenção de infecção hospitalar.