A síndrome de Burnout foi inicialmente descrita por Frendenberg em 1974, como sendo aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia e foi usada pelo autor para designar uma resposta dos indivíduos ao estresse ocupacional. Objetivou-se identificar os níveis de intensidade de Burnout e quantificar seus três principais componentes caracterizantes (desgaste emocional, despersonalização e baixa satisfação pessoal) em 56 Profissionais de Enfermagem, sendo que destes, 41 são Auxiliares ou Técnicos (as) em Enfermagem e 15 são Enfermeiros; que trabalham em unidades de clínico médico-cirúrgico de um hospital público de grande porte do município de Fortaleza. Realizou-se um estudo descritivo exploratório, utilizando questionário estruturado durante setembro de 2004. Os resultados mostraram que 50% dos profissionais de Enfermagem do sexo masculino apresentavam índice alto de Burnout e 50% deles um índice médio de Burnout, 50% do sexo feminino índices médios e 50% baixos de Burnout, sendo que os profissionais que apresentaram maiores índices (75%) estavam entre 1 a 4 anos de exercício profissional, quanto ao estado civil, 40% dos solteiros sem parceiro fixo e 75% dos solteiros com parceiro fixo têm um índice de Burnot médio, os viúvos 50%, contrapondo com 33% dos profissionais casados. Conclui-se que profissionais de saúde estão expostos a altos níveis de estresse profissional ao qual cada um responde de acordo com sua resiliência e grau de aprendizado emocional e profissional, tornando-se importante que seja constante a discussão dos diferentes aspectos estressores, suas causas, conseqüências e meios para preveni-los.