Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
VIVÊNCIAS DE MULHERES NA CONTRACEPÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ENFERMAGEM
Relatoria:
INEZ SAMPAIO NERY
Autores:
- Cilene Delgado Crizóstomo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O contexto político e sócio-demográfico no país, em relação à saúde reprodutiva das mulheres está caracterizado pela redução da taxa de fecundidade, pelo aumento desta entre os adolescentes, associada à deficiência no serviço de saúde pública. OBJETIVOS: Descrever e discutir as experiências vivenciadas por mulheres com relação à contracepção. METODOLOGIA: Estudo qualitativo utilizando o método História de Vida, cuja técnica empregada foi a entrevista realizada no domicílio com 18 mulheres em idade fértil, vida sexual ativa e vivenciando ou já tinham vivenciado todo processo reprodutivo. Previamente submetido ao CEP da UFPI, conforme parecer nº 51/08 e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, respeitando Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: As mulheres relataram os métodos contraceptivos mais utilizados, dentre eles: laqueadura tubária, contraceptivos hormonais e preservativo masculino. A vivência dos métodos reversíveis apresentou efeitos colaterais como: cefaléia, epigastralgia, dor no baixo ventre, náuseas, ganho de peso e fraqueza, tornando-se as principais causas de abandono e opção pela laqueadura tubária. Os efeitos colaterais e falhas pelo uso incorreto é o reflexo da deficiência dos serviços de planejamento familiar e despreparo dos profissionais de saúde, originando descrédito e tabus em métodos reversíveis, legitimando a eficácia e a hegemonia da esterilização feminina, fortalecendo a medicalização do corpo feminino. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, que é direito da mulher, enquanto cidadã ter uma vida sexual plena, decidir quando e quantos filhos desejar, tendo suas necessidades contraceptivas satisfeitas. Ressalta-se boa orientação e acompanhamento clínico por enfermeiras, médicos e outros nos serviços de saúde reprodutiva.