Introdução: Com a evolução da Enfermagem como ciência e prática social, o enfermeiro passou a assumir papéis não só na assistência, como também na liderança e na pesquisa. Neste contexto, tem-se observado a trajetória do profissional enfermeiro no âmbito hospitalar e como a sua, muitas vezes, exaustiva rotina de trabalho vem fragmentando a qualidade da assistência empregada. Objetivo: Descrever os fatores decorrentes da jornada de trabalho que afetam a qualidade da assistência de Enfermagem humanizada. Metodologia: Estudo bibliográfico e descritivo que teve como trajetória metodológica a leitura exploratória e seletiva de livros e revistas científicas nacionais de Enfermagem, como também, banco de dados SCIELO. As palavras-chaves utilizadas foram: jornada de trabalho, enfermagem e humanização. O estudo foi realizado no período de maio a junho de 2009. Análise de Resultados: A busca por conhecimentos ou o aumento dos rendimentos leva ao profissional enfermeiro a desafiar, muitas vezes, os limites intrínsecos e extrínsecos que surgem no seu cotidiano. A sobrecarga de trabalho acaba causando no enfermeiro a falta de tempo para descansar, passear, refletir, organizar, entre outros. Ocasionando assim, mais cedo ou mais tarde um desgaste físico e emocional. Dessa forma, inúmeras são as dificuldades encontradas por estes profissionais no desempenho de suas funções com vistas ao cuidado humanizado, entre eles podemos citar: cansaço físico, desgaste emocional, estresse, insatisfação pelo trabalho, entre outros. Conclusão: Concluímos então, que a sobrecarga de trabalho influencia, na maioria das vezes, negativamente na qualidade da assistência de Enfermagem humanizada, pois o profissional enfermeiro desafia os limites intrínsecos e extrínsecos do seu ser. Dessa forma, o cansaço físico e emocional, o estresse, a insatisfação pelo trabalho, acabam por vezes resultando em uma assistência de enfermagem fragmentada, tecnicista e desumanizada.